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Um estudo de uma equipa de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) detectou níveis elevados de matéria particulada – um dos poluentes do ar mais graves em termos de saúde pública – no interior de várias casas do Porto.
Os investigadores avaliaram os níveis de matéria particulada no interior de 65 habitações da Área Metropolitana do Porto e concluíram que a grande maioria apresentava uma deficiente qualidade do ar. A emissão destas partículas está ligada às actividades dos ocupantes, como a confecção de alimentos, o uso de aromatizadores (como velas) e o fumo do tabaco, mas também à proximidade a instalações industriais e circulação automóvel, refere o portal da Universidade do Porto.
O estudo, publicado na revista Environmental Pollution, avaliou os níveis de partículas ultrafinas, PM2.5 e PM10, no ar interior e na envolvente exterior das habitações, nos anos de 2018 e 2019, identificando as características dos edifícios e as principais fontes de poluição. Os investigadores constataram que a maioria das residências apresentava valores médios superiores aos recomendados pela OMS e pela legislação portuguesa, o que é um indicador de risco para a saúde dos ocupantes.
Esta investigação demonstra que "a poluição do ar interior continua a ter repercussões graves, sendo as partículas, sobretudo as de menor dimensão, os poluentes que suscitam maior preocupação do ponto de vista da saúde. É, por isso, necessário evitar, prevenir e reduzir as fontes de emissão de partículas, minimizando a exposição a matéria particulada", refere Joana Madureira, uma das autoras do estudo.
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