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No Porto existem actualmente 8082 imóveis vinculados ao alojamento local (AL) sendo que só em 2018 foram registados 3000 novos a uma média de 250 por mês. A informação foi revelada pela Câmara Municipal do Porto (CMP) durante a primeira sessão do ciclo de debates “Viva Porto - Debate Público sobre Habitação no Porto”.
Ricardo Valente, vereador do Turismo, Economia e Comércio na CMP, divulgou os dados obtidos pela autarquia e pela Confidencial Imobiliária, parceria que pretende criar um sistema de monitorização de alojamento local na cidade. Segundo o estudo levado a cabo pela Universidade Católica do Porto, existem “8082 imóveis afectos ao alojamento local, dos quais 93% são apartamentos e 7% são moradias e estabelecimentos de hospedagem”.
Mais de metade dos imóveis está concentrada nas freguesias do centro histórico. “Cerca de 71% dos AL (5190 registos) estão localizados na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória”, pode ler-se no estudo. Em Santo Ildefonso, a concentração de AL tem uma forte expressão, com cerca de 2000 registos. O Bonfim está em segundo lugar com 962 AL e a União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos fica em terceiro com 388 AL.
Seguem-se Paranhos e a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, com 292 e 182 AL, respectivamente e, por fim, Campanhã e Ramalde com 128 e 116 registos.
Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, já afirmou estar disposto a tomar medidas de contenção para o AL no centro histórico. A autarquia revelou, esta terça-feira, a intenção de apresentar no próximo mês o esboço de um regulamento para o alojamento local. Posteriormente, irá recolher sugestões dos munícipes através de um e-mail criado para o efeito e de fóruns “para que a cidade participe de forma activa nesta discussão”, nota Ricardo Valente.