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Se não estivesse plasmado no título da exposição, provavelmente não daríamos conta de que os quadros de Pablo Picasso, Amadeo de Souza-Cardoso, Mário Cesariny, Júlio Pomar e Malangatana ali presentes são falsificações feitas com imaginação e mestria. Afinal, eles foram examinados e autenticados por especialistas e estiveram expostos em leilões de galerias de arte, feiras, exposições, antiquários e ninguém deu por ela.
A Arte do Falso propõe-se a desvendar a genialidade e a criatividade da falsificação e resulta de uma parceria entre a Directoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) e o Centro de Congressos da Alfândega do Porto. A exposição integra as comemorações do 75.º aniversário desta unidade de investigação criminal e apresenta mais de 200 quadros falsificados, assim como moedas, armas, automóveis e outros objectos apreendidos pela PJ, sobretudo nas áreas urbanas de Lisboa e Porto.
O “génio criativo dos criminosos”, como lhe chama a organização, está exposto em 1000 m2, espaço ocupado por peças tão díspares como pinturas falsas, um guarda-chuva alterado para funcionar como arma ou uma máquina de um falso médico que alegadamente curava todas as doenças com o acender de umas luzes. Assim, o público vai ficar a conhecer as histórias por trás de algumas falsificações, elementos adulterados em certos objectos e os mecanismos usados no processo.
A par da exposição propriamente dita, há um espaço de actividades para os mais novos, onde podem colher impressões digitais e compará-las ou tirar uma fotografia na réplica de uma sala de identificação de suspeitos. A Arte do Falso pode ser vista de terça a domingo entre as 10.00 e as 18.00 e tem entrada livre.