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Tão certo como a Terra girar à volta do Sol é o Fantasporto regressar, todos os anos e de forma ininterrupta, ao seu Porto de abrigo. A 45.ª edição do festival de cinema mais importante da cidade instala-se entre 28 de Fevereiro e 9 de Março no Batalha Centro de Cinema. Ao contrário do que tem sido habitual, a abertura do evento será em português, com a antestreia mundial de Criadores de Ídolos, o filme mais recente de Luís Diogo, que também estará a concurso. A exibição acontece às 21.00, com a presença dos actores e da equipa técnica.
Para esta edição, 75 países concorreram com 1200 curtas-metragens e 600 longas-metragens. A sua curadoria resultou numa “programação de grande qualidade e diversificada em termos temáticos”, que inclui obras cinematográficas vindas dos EUA, da Europa e “das melhores e maiores empresas produtoras asiáticas, em particular da China, Filipinas e do Japão”, anunciou o Fantasporto em comunicado. Apesar de o Japão ter sido o país que mais tem surpreendido a nível criativo nos últimos anos, a organização mostra-se confiante também no Cinema Europeu. “Uma Europa que não deixará de surpreender, sobretudo com filmes que foram vencedores de prémios significativos em Cannes e Veneza.”
Haverá também filmes candidatos aos Óscares; a estreia do cinema de Singapura no Fantasporto 2025; o regresso do cinema do Irão, depois de ter vencido o prémio de melhor curta-metragem na última edição; e ainda uma homenagem à história cinematográfica de Taiwan, com a mostra de uma dezena de filmes que fazem uma retrospectiva sobre a História da Mulher, dos anos 70 até à actualidade.
Filmes em competição e actividades paralelas
Em competição vão estar 24 longas-metragens, como Mister K, de Tallulah H. Schwalb (Países Baixos/Noruega/Bélgica); Sana: Let Me Hear, de Takashi Shimizu (Japão); Everyone is Going to Die, de Craig Tuohy (Grã-Bretanha); ou A Game in the Woods, de Mike McCutchen (EUA), entre muitas outras. Para ficar a par de todos os nomeados, pode consultar o site do evento. Na categoria de curtas-metragens concorrem 27 obras. Imago, de Rafa Dengrá (Espanha); Crazy Lotus, de Naween Noppakun (Tailândia); Marimonda, de David David (Colômbia); e Happy People, de Budavári Balázs (Hungria), são só alguns dos exemplos. As participações portuguesas nestas duas categorias resumem-se à longa-metragem de Luís Diogo, Criadores de Ídolos, e à curta de Hugo Pinto, Gosto de Te Ver Dormir.
Estas duas estão também na corrida para Prémio Cinema Português - Melhor Filme 2025, lado a lado com obras de Pedro Sena Nunes, Novembro; de Pedro Nogueira, Picture Break; de Luís Miranda, Minus the Flesh ou de Inês Albuquerque, Refração, entre muitas outras. Do alinhamento desta 45.ª edição faz ainda parte a Semana dos Realizadores, com dez obras de dez realizadores de todo o mundo, e a Selecção Oficial Orient Express que dá destaque a filmes originários de países como Japão, Taiwan, Malásia, Singapura, Filipinas e China.
Ainda antes da exibição do filme de encerramento – que ficará a cargo de Stealing Pulp Fiction, de Danny Turkiewicz (EUA) – haverá espaço para lançamentos de livros e para as Movie Talks, conversas sobre a sétima arte que, este ano, debruçar-se-ão, sobretudo, sobre os perigos e as vantagens da Inteligência Artificial.
Fantasporto. Batalha Centro de Cinema. 28 Fev - 9 Mar
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