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É uma linguagem universal e não precisa de palavras para fazer-se entender. Pode fazê-lo, se assim desejar, mas o único requisito para existir é o movimento. Depois de ver os seus gestos paralisados para a estreia inicialmente prevista para Março, o festival transfronteiriço Regards Croisés toma conta do Armazém22 (A22), em Vila Nova de Gaia, entre 8 e 11 de Outubro.
O evento apresenta vários espectáculos oriundos de Portugal, Espanha e França a esta sala à beira-rio, workshops para profissionais e público em geral, ensaios abertos e momentos de discussão entre artistas e público. A Kale Companhia de Dança faz as honras de abertura no dia 9 com Terras, a sua mais recente criação inspirada no Dia Mundial da Floresta e com a participação de três coreógrafos, Companhia La Tierce (França), André Mesquita (Portugal) e Matxalen Bilbao (Espanha).
Já no dia 10 sobe ao palco a francesa Compagnie Adéquate com Chronique Diplomatique, “espectáculo para duas bailarinas que explora a ideia de dois corpos em negociação”, descreve o comunicado de imprensa. O festival fecha com Mutu, espectáculo da companhia da basca Myriam Perez Cazabon que reflecte sobre a “sociedade actual onde as ‘relações pessoais estão sobredimensionadas enquanto os valores humanos estão em decadência’”.
O programa do Regards Croisés reflecte a vontade de “cooperação coreográfica para a difusão da dança contemporânea e a promoção de encontros entre o público, artistas e estruturas educativas”. Além dos espectáculos, haverá um ensaio aberto ao público no dia 8 e três workshops de dança nos dias 10 e 11, para bailarinos profissionais, pré-profissionais e público em geral, cujo acesso se faz mediante apresentação de bilhete para os espectáculos, limitado aos lugares existentes. Os bilhetes têm o preço único de 5€.