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O Fórum do Futuro, um festival de pensamento organizado pela Câmara Municipal do Porto desde 2014, regressa à Invicta a 4 de Novembro e por cá fica até dia 10 do mesmo mês. O programa da edição deste ano foi apresentado hoje, numa conferência de imprensa que contou com a presença de Rui Moreira. O autarca começou por explicar que a iniciativa se desenrola em torno “da Antiguidade e da sua manifestação na cultura contemporânea, para uma reflexão sobre o nosso tempo e principalmente sobre o futuro, cruzando disciplinas artísticas e temas como a memória, o corpo, o mito e a liberdade".
O evento, que Moreira diz tratar-se de um “statement político da cidade", vai decorrer em diferentes locais, entre eles Rivoli, Teatro Nacional São João, Casa da Música, Serralves e mala voadora, e não se faz apenas de conferências. Há também concertos, performances e conversas com artistas.
Mas há muito mais para ver. Esta iniciativa terá uma abertura em três actos, com início marcado para as 16.00 de dia 4, no Rivoli, que vai funcionar como uma espécie de prólogo onde serão anunciadas as principais ideias e questões a ser debatidas.
Ali Cherri apresentará Water Blues, "uma reflexão sobre o poder que a lama exerce sobre nós", não só como material, mas também como metáfora, seguida da projecção de Hidden Track, de Guan Xiao, que "imagina o corpo e a humanidade como figuras que persistem no tempo e que convergem em formas, fragmentos e futuros". No terceiro ato, Nadya Tolokonnikova, a música e activista que co-fundou as Pussy Riot, banda russa de punk feminista, defenderá que a essência da sabedoria reside na acção e não, em exclusivo, no conhecimento.
Nos restantes dias do evento pode contar com nomes como Margaret Atwood, escritora canadiana que escreveu o romance The Handmaid’s Tale, Harrison Birtwistle, compositor britânico, e Charlotte Higgins, editora-chefe para a cultura do The Guardian. Vão falar de temas como o lugar dos mitos gregos na cultura contemporânea e o papel feminino no mito clássico. O Fórum do Futuro termina com um baile de cúmbia, às 23.30 de dia 10, no Café Rivoli.
Se não se quiser perder entre as muitas actividades planeadas, pode sempre consultar o programa completo no site do evento, que este ano tem um orçamento de 225 mil euros, mais 30 mil euros do que em 2017.
Se ainda não está convencido a participar nesta iniciativa, que traz a Portugal 52 convidados, de 17 países – entre eles França, Alemanha, Índia, Líbano, Japão, Rússia e República Dominicana —, saiba que a entrada é gratuita, embora obrigue ao levantamento dos bilhetes no dia e local da respectiva sessão, a partir da hora de abertura da bilheteira. Tenha em atenção que há um limite de dois bilhetes por pessoa.
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