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Eça de Queiroz nunca viveu nesta casa, mas a memória da sua vida e obra habitam as suas paredes desde 1990. No mês em que assinala 30 anos, a Fundação Eça de Queiroz – Casa de Tormes, em Baião, sopra as velas na companhia de 30 escritores portugueses. Todos os dias, às 14.00, um destes autores lê o seu excerto favorito daquele é um dos grandes vultos literários do século XIX. As leituras são feitas em vídeo e disponibilizadas no Facebook.
As leituras vão de aclamados romances como Os Maias e A Cidade e as Serras – obra que tem como cenário a Casa de Tormes e as serras e vales do Douro que a enquadram –, a contos como José Matias ou “textos mais desconhecidos como correspondência”, afirma a organização em publicação de divulgação. A iniciativa conta, até agora, com participações como João de Melo a ler Os Maias ou Filipa Leal a ler A Correspondência de Fradique Mendes.
Se, depois de ouvir estes excertos, ficar com vontade de entrar no mundo de Eça, o melhor é dirigir-se à fundação, já que por lá encontrará objectos mencionados nos seus livros, mobiliário, fotografias, quadros, presentes de amigos ou peças de decoração. Destaca-se a secretária feita à sua medida e onde escrevia de pé, o objecto mais emblemático do acervo.
Há, ainda, um restaurante com vista privilegiada para as serras, cujo cartão-de-visita é a gastronomia queirosiana. O arroz de favas com que Eça se deliciou vindo de Paris, o frango louro assado no espeto e a salada temperada com azeite são apenas algumas possibilidades. Uma coisa é certa: ali não falta riqueza cultural e enogastronómica.
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