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A partir de 6 de Abril, vai poder fazer uma viagem no tempo aos primórdios da Ciência moderna em Portugal. A história do renovado Laboratório Ferreira da Silva remonta a finais do século XIX (1882). É um espaço emblemático na prática e no ensino da Química em Portugal, que a Universidade do Porto se prepara para revelar ao público no Pólo Central (Reitoria) do seu Museu de História Natural e da Ciência (MHNC-UP), com entrada livre.
Foi aqui que muitas gerações de estudantes aprenderam com António Ferreira da Silva, antigo professor e director da Faculdade de Ciências (FCUP), considerado o “pai” da Toxicologia Forense em Portugal, refere o portal da Universidade do Porto. Ferreira da Silva implementou métodos inovadores nas áreas da química dos alimentos e da química forense. Um dos casos mais célebres foi o “Crime da Rua das Flores “, que levou ao julgamento e condenação, em 1893, de Urbino de Freitas, clínico portuense acusado do envenenamento de um sobrinho de sua mulher.
No total, vão estar em exposição cerca de 80 objectos, nomeadamente instrumentos científicos, frascos com produtos químicos, amostras minerais, utensílios de laboratório, livros e mobiliário. Será possível ver a caixa de alcalóides usada por Ferreira da Silva para a investigação de casos como o de Urbino de Freitas, a balança analítica de precisão e o imponente alambique, utilizado para obter água destilada.
O Laboratório Ferreira da Silva pode ser visitado no Edifício Histórico da U.Porto, com entrada pela fachada sul (Cordoaria), de terça a sexta-feira, das 10.00 às 13.00 e das 14.00 às 18.00 (última entrada às 17.30). Aos sábados, domingos e feriados, o horário será das 10.00 às 13.00. A entrada é livre, limitada a dez pessoas de cada vez. Se preferir, pode visitar o laboratório sem sair de casa, através de uma visita virtual imersiva.
A inauguração do Laboratório Ferreira da Silva permitirá igualmente lançar um roteiro patrimonial para descobrir "a história da Química ao longo de 300 anos, em apenas 300 quilómetros" – a viagem começa na Universidade de Coimbra (último quartel do século XVIII), passa pela Universidade de Lisboa (finais do século XIX) e termina na Universidade do Porto (início do século XX).
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