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O espaço do antigo reservatório de água do Parque da Pasteleira foi renovado e transformado numa estação arqueológica que funciona agora como museu, como espaço de trabalho e de mediação, e como uma reserva viva onde se guardam vestígios arqueológicos. Neste espaço será possível descobrir a evolução da cidade, no espaço e no tempo, a sua história material, as suas fundações, as suas muralhas e praças, o rio que a atravessa, as suas ruas, monumentos e a evolução da sua malha urbana. Inaugurado a 11 de Julho, terá entrada livre até 18 de Julho.
O Reservatório é uma das estações do Museu da Cidade, reunindo artefactos, vestígios e fragmentos encontrados em escavações ou recolhidos de edifícios e monumentos da cidade, e que integram as colecções municipais. O espectro temporal abrangido por este conjunto de objectos vai da época contemporânea até ao Paleolítico, estendendo-se, assim, da História à Pré-História.
Com renovação arquitectónica assinada por Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, projecto museográfico de João Mendes Ribeiro e projecto sonoro de João Pais Filipe, o Reservatório foi concebido como um "labirinto do tempo", explica o site do Museu da Cidade. Uma vez que não está organizado de modo linear ou teleológico, o espaço estrutura-se em função de dois eixos.
O eixo topográfico distribui-se pelas diferentes alas do espaço expositivo e corresponde, simbolicamente, a zonas do território onde as campanhas de escavação revelaram formas de povoamento de várias épocas e todo o tipo de vestígios materiais. Permitem, assim, uma leitura espacial e temporal da evolução da cidade: a Barra do Rio e Plataforma Litoral; Frente Ribeirinha e Areias Altas; Morro da Penaventosa; Estradas e Caminhos.
O visitante desloca-se no espaço, mas também no tempo, atravessando diferentes épocas do período histórico e pré-histórico, a que correspondem diferentes artefactos ou fragmentos datados desses períodos: épocas contemporânea e moderna, época medieval, época romana, Idade do Ferro, Idade do Bronze e Paleolítico.
O Reservatório é "um espaço permanentemente orgânico, em que os objectos não são coisas inertes, mas elos de ligação aos modos de pensar e de fazer dos nossos antepassados". Trata-se de um museu como "espaço de constante questionamento, como espaço de trabalho e de troca, como lugar de produção de conhecimento e que estimula a criação", para "acolher a comunidade e fazer comunidade".
Reservatório do Museu da Cidade: Parque da Pasteleira (Entrada Poente). Rua de Gomes Eanes de Azurara. Site oficial.
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