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No âmbito da Semana Mundial pelo Clima, que começou na sexta-feira 20 e se estende até sexta-feira 27, uma série de ilustradores e designers foram convidados a desenvolver trabalhos “que apelem à consciência ambiental” e “incentivem as pessoas a manifestarem-se” colectivamente, segundo comunicado de imprensa. Juntas, as obras dão forma à exposição Já podemos entrar em pânico?, para ver no Instituto entre quinta-feira 26 e domingo 28.
A acção surge numa altura em que já se tornou evidente que reciclar ou deixar de usar palhinhas de plástico, por si só, não é suficiente para salvar o planeta. O necessário é que “99% da população entre em pânico e exija uma mudança drástica ao modelo capitalista, de crescimento ilimitado num planeta de recursos limitados”, aponta a organização depois de salientar que “as alterações climáticas foram provocadas por 1% da população mundial: as grandes empresas que se deram ao luxo de utilizar os recursos naturais da Terra e de a levar a um ponto de quase não retorno”.
Uma vez que a greve geral pelo clima, agendada para sábado 27, é o ponto alto entre as acções planeadas para esta semana, a mostra pretende funcionar como “um incentivo para que as pessoas se juntem à mobilização geral”. Quem a visitar nesse dia vai poder escolher um cartaz para levar à manifestação.
Esta exposição, sem vínculos partidários nem fins lucrativos, deverá servir como ponto de partida para um “plano mais educativo, com um evento que convide oradores de diversas áreas a partilhar as suas visões acerca da reestruturação necessária à nossa sociedade, se de facto queremos manter a vida no planeta”, conclui a organização.
Para apreciar, conte com trabalhos gráficos de artistas como Jordy van den Nieuwendijk, Mariana a Miserável, Lourenço Providência, Elleonor, Angelina Velosa, Eva Evita, João Castro, João Fazenda, Margarida Olo, Mariana Malhão, Nicolau, Susa Monteiro, Teresa Arega e Tomba Lobos.
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