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Até ao final do ano lectivo todas as escolas públicas do concelho de Valongo vão ter pelo menos uma Sala do Futuro. Como o próprio nome sugere, têm equipamentos de alta tecnologia, como kits robóticos, impressoras 3D, tablets e um quadro que é, na verdade, um computador gigante (permite a escrita e o desenho digital, pesquisas no Google, exibição de filmes e de imagens 3D, etc.). Há ainda mesas e cadeiras coloridas com rodinhas, que permitem a mudança da disposição da sala sem barulho, e novos parques exteriores.
A iniciativa partiu do município, que se torna assim o primeiro do país a criar uma rede de salas tecnológicas em todas as escolas públicas do concelho. O investimento foi de 1 milhão de euros e vai chegar a cerca de 14 mil alunos. Para o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, “fazer um investimento que possa ser especial no percurso educativo de todas as crianças, independentemente da condição de partida de cada uma” foi a principal motivação para concretizar esta ideia, explicou à Time Out, durante uma visita à Escola de Mirante dos Sonhos, em Ermesinde.
Era evidente o entusiasmo das crianças, porque, com os novos equipamentos, a aula funciona de forma diferente. Para o estudo do corpo humano, por exemplo, era visível no quadro um esqueleto humano a três dimensões, que girava para que se vissem e estudassem todos os ossos. Em simultâneo, os alunos podiam ver as partes do corpo criadas pela impressora 3D a partir de um polímero feito com milho. Este equipamento permite que as crianças desenvolvam diferentes valências, do desenho, à engenharia, à matemática, ao raciocínio, entre outros. “Uma criança que não visse utilidade no percurso educativo, acaba por ficar mais interessada, por descobrir que tem talento, e isso é muito importante. Não podemos desperdiçar talento”, concluiu o autarca.