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“Leia, pela sua saúde”. Livraria Lello quer médicos a receitarem livros

A livraria portuense lançou uma petição que defende que os livros devem ser receitados pelos médicos em casos de saúde mental.

Ana Catarina Peixoto
Jornalista, Porto
Livraria Lello
Photograph: Horst A. Friedrichs, courtesy of Prestel
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Acreditando no poder terapêutico da leitura, e no exemplo do que já acontece em outros países, a Livraria Lello lançou uma campanha que defende que os livros devem ser considerados uma ferramenta terapêutica na saúde mental em Portugal. Para isso, a livraria portuense enviou esta quinta-feira, dia 10 de Outubro (Dia Mundial da Saúde Mental), uma carta aberta a todos os líderes parlamentares e criou ainda uma petição para que os livros passem a ser objecto de prescrição médica, sendo, por isso, os seus custos tratados fiscalmente como despesa de saúde.

“Leia, pela sua saúde” é o título da carta aberta, onde a Lello defende que “os livros possam ser prescritos como parte do tratamento para doenças do foro mental, psicológico, promovendo o bem-estar humano e o combate ao isolamento, à solidão e à exclusão social”. Ao longo do texto, a livraria administrada por Aurora Pinto dá ainda exemplos de outros países europeus, como o Reino Unido, onde os livros já são prescritos como parte de tratamentos médicos “para doentes que se inserem num quadro de doença mental, demência ou problemas relacionados com os jovens, como bullying”. “Esta prática tem revelado resultados surpreendentes na melhoria da saúde mental e psicológica dos pacientes”, sublinha.

A Lello espera ainda que a receita dos livros possa ser “fiscalmente tratada como despesa de saúde que efectivamente é” e, por isso, deve ser deduzida nas despesas de saúde no IRS. A livraria relembra ainda que durante a pandemia da Covid-19, os livros foram considerados “um bem de primeiríssima necessidade”.

“Estando o país em período de negociação e votação orçamentais, a Livraria Lello crê que esta é uma oportunidade imperdível para os deputados que nos representam dizerem aos seus concidadãos como efectivamente se preocupam com a sua saúde mental, e que o Livro, além de um bem de primeiríssima necessidade, é também um bem de primeiríssima sanidade”, refere a livraria. 

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