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Linha de alta velocidade pode ligar Porto a Madrid em três horas

Um novo estudo propõe um corredor ferroviário que liga o Porto a Zamora e que poderá deixar Madrid a três horas do Porto, com estações em Paços de Ferreira, Amarante, Vila Real, Alijó, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

Jornalista de Música, Time Out Porto
Estação de Campanhã
© Marco Duarte
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Na consulta pública para o Plano Nacional Ferroviário, a Associação Vale d’Ouro submeteu um estudo, desenvolvido por um conjunto de técnicos, para a nova linha de alta velocidade entre Porto-Vila Real-Bragança-Zamora. A proposta, que pode ser consultada online, ligaria o aeroporto Francisco Sá Carneiro e a rede de alta velocidade espanhola a 35 km da fronteira, permitindo ao Porto ficar a três horas de Madrid. O trajecto teria passagem em Paços de Ferreira, Amarante, Vila Real, Alijó/Murça, Mirandela, Podence/Macedo de Cavaleiros e Bragança.

Proposta da Associação Vale d’Ouro
Proposta da Associação Vale d’Ouro


A linha vai permitir comboios de mercadorias e de passageiros e tem um custo estimado em 3,7 mil milhões de euros. Estão previstas velocidades de 160 km/h até Paços de Ferreira, de 200 km/h até Vila Real e de 250 km/h no restante traçado. "A viagem do Porto a Vila Real será de 43 minutos, enquanto até Bragança será de 1h14m. A capital espanhola, Madrid, ficará a 3h do Porto e, com a nova linha Porto-Lisboa prevista no PNI 2030, ficará a 4h15m" de Lisboa, lê-se em comunicado.

Tempos de viagem do novo eixo ferroviário
Tempos de viagem do novo eixo ferroviário

Este eixo ferroviário representará um investimento que "permitirá devolver à região um caminho-de-ferro moderno, invertendo-se uma dependência exclusiva do transporte rodoviário" para a mobilidade de pessoas e bens. "Esta linha não só potenciará a coesão territorial e socioeconómica da região, como também permitirá aproximar a região Norte e o país da Europa Ocidental, numa estratégia alinhada e enquadrada nas políticas de neutralidade carbónica definidas pela Comunidade Europeia, as quais atribuem ao comboio o papel de espinha dorsal de todo o sistema de transportes", acrescenta o comunicado.

A Associação Vale d’Ouro remeteu ainda um contributo versando a Linha do Douro, ainda que considere nesta fase que, após a aprovação da reabertura por unanimidade na Assembleia da República, o Plano Nacional Ferroviário "terá que inevitavelmente considerar esta ligação".

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