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A livraria Lello está classificada como monumento de interesse público desde 20 de Setembro de 2013, mas poderá vir a ser classificada de monumento de interesse nacional, distinção definida pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) quando a protecção e valorização de um imóvel, no todo ou em parte, representa um valor cultural de significado para o país.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, o director-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, refere ser intenção da DGPC propor à tutela a reclassificação da livraria Lello "como monumento de interesse nacional, sendo-lhe atribuída a designação de 'monumento nacional'". A consulta pública tem a duração de 30 dias úteis.
A intenção de reclassificar a livraria surge na sequência de um parecer da Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, que mereceu a concordância do director da DGPC. Inaugurada em 1906, a livraria apresenta-se como "um dos mais importantes edifícios da arquitectura ecléctica portuguesa, integrando marcenarias e vitrais sem paralelo no país", sendo "um 'ex-líbris' da cidade", refere a DGPC, citada pela Lusa.
"Ao seu valor arquitectónico e artístico acresce a importância cultural que tem assumido de forma contínua ao longo do tempo, bem como o seu excelente estado de conservação, a autenticidade e exemplaridade da estrutura e da decoração, e a merecida fama internacional de que desfruta", acrescenta a DGPC.
O edifício foi concebido segundo projecto do engenheiro Xavier Esteves, sendo que "a fachada neogótica é rasgada, no piso térreo, por um arco Tudor de grandes dimensões, abrangendo a porta central e as montras laterais, e sobre o qual corre a legenda Lello e Irmão".
"O amplo vitral revivalista com a divisa da casa, Decus in Labore ("Dignidade no Trabalho"), da clarabóia, os esplêndidos tectos em estuque dourado e o magnífico trabalho de marcenaria, bem representado pelo corrimão em madeira da imponente escadaria, constituem os elementos decorativos mais emblemáticos da livraria", descreve ainda a DGPC.
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