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Quando começa a cheirar a Primavera, as cidades começam a livrar-se da vegetação espontânea que nasce nos relvados, por entre os passeios e paredes, recorrendo ao corte ou a químicos. Mas são precisamente essas ervas daninhas e flores silvestres que tanta falta fazem a insectos polinizadores como as abelhas, tão importantes para o equilíbrio dos ecossistemas.
A pensar nisso, como contributo para a salvaguarda dos insectos polinizadores, o município de Lousada anunciou que vai "deixar de cortar a 'relva' e assumir a vegetação espontânea" em espaços verdes que estão "devidamente assinalados com placas identificadoras".
"A vegetação silvestre espontânea, muitas vezes considerada desagradável à vista ou 'inútil', é fundamental para a vida selvagem, nomeadamente para os insectos polinizadores (como as abelhas), dos quais depende toda a vida na Terra", explica a página do Lousada Ambiente. "Devido à pressão das actividades humanas e à consequente perda de habitat selvagem, os insectos polinizadores atravessam um período de acentuado declínio, com consequências severas na agricultura e saúde global", acrescentam.
O município de Lousada tem vindo a adoptar uma estratégia para a sustentabilidade, face a desafios ambientais como a poluição, os incêndios florestais, as plantas invasoras e a perda de biodiversidade. Entre as medidas já em marcha, conta-se a plantação de dezenas de milhares de árvores autóctones, a recuperação de solo degradado, a criação de charcos de vida selvagem e o aumento de resíduos encaminhados para a reciclagem.
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