[title]
Salvar um banco de ser assaltado, entrar na imensidão do espaço para combater os alienígenas hostis que planeiam atacar a Terra ou enfrentar vários desafios assustadores com uma única regra: não berrar. Estas e mais experiências podem ser vividas, da forma mais realista possível, no The Park Playground, um espaço de experiências em realidade virtual que abriu em Junho em Matosinhos e que quer ser para todos – sejam grupos de amigos, famílias, turistas ou colegas de trabalho.
Este é o primeiro espaço em Portugal do projecto belga The Park Playground, uma espécie de "parque de diversões" dedicado à realização de experiências imersivas com realidade virtual e que já tem presença na Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Alemanha. O conceito chegou a Matosinhos através de três empreendedores do Porto apaixonados por tecnologia: José Marques, Miguel Soro e Sérgio Basto.
“Trabalhei com sistemas de informação durante os últimos anos, sempre na área da tecnologia, e esta ideia da realidade virtual sempre foi algo que me suscitou bastante curiosidade. Sempre achei que fosse uma área com um grande potencial e, por isso, comecei a fazer alguma investigação para ver o que é que poderia dar”, conta José Marques à Time Out, acrescentando que quando descobriu o conceito do The Park Playground quis trazê-lo para Portugal em formato franchising.
A escolha de Matosinhos para acolher o primeiro local do projecto em Portugal, diz o responsável, foi simples e motivada por vários factores, desde a facilidade de acesso à praia, a espaços de restauração, ao aeroporto e a outras cidades, mas também pelo custo menor de arrendamento e por ser uma cidade que está “numa expansão muito grande, não só na área de diversão, mas sim em diversas áreas, como medicina, educação, comércio e uma série de situações onde a realidade virtual se pode aplicar”.
As experiências e o foco no lado corporativo
Entrámos, também nós, no mundo da realidade virtual e fomos conhecer este novo espaço em Matosinhos. A experiência começa com um momento de adaptação e de introdução ao equipamento, em que todos os participantes colocam os óculos de realidade virtual e viajam para o Dubai, subindo, de elevador, os mais de 100 andares do Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo. O desafio é caminhar sobre uma prancha no topo do edifício, ganhar coragem, dar um passo em frente e saltar. Para muitos, a tarefa é fácil, para outros é preciso tempo e há mesmo quem não chegue a sair do elevador. Este é também, para muitos, o primeiro contacto com o mundo da realidade virtual e mostra como todos os sentidos são despertados com esta experiência realista.
Depois deste momento de iniciação, é altura de embarcar na experiência, sendo que todos os jogos duram cerca de 30 minutos. Actualmente, o The Park Playground conta com cinco experiências com realidade virtual disponíveis e que podem ser jogadas em três campos, cada um permitindo seis jogadores.
Experimentámos o “The Break In”, que nos coloca na pele de agentes da SWAT, com a missão de recuperar um quadro roubado por um grupo que assaltou um banco à mão armada. Há missões para cumprir, inimigos para derrotar e o trabalho tem de ser de equipa. Pelo meio, há sempre um responsável atento e disponível para ajudar em qualquer situação ou dúvida durante o jogo.
Ainda na área das escape rooms, há também o “Don’t Scream”, onde os participantes têm de enfrentar vários desafios e inimigos, desde zombies a fantasmas, e, explica José Marques, “quanto mais a pessoa gritar, mais difícil vai ser sair de lá”. Há também outras experiências como o “NanoClash Focus”, com uma batalha futurista entre dois grupos; o “Mask of the Pharaoh”, uma experiência destinada às famílias, em que os participantes vão ter de salvar um professor que ficou preso, sob um feitiço, no antigo Egipto; e há ainda uma ida ao espaço no “Mission Planet X”, onde é preciso "combater os alienígenas hostis que guardam o cristal de energia".
Mas nem só de experiências de realidade virtual vive este espaço de 600 metros quadrados. A proposta do The Park Playground passa também por acolher o mundo corporativo, com uma sala de reuniões para 12 pessoas, um espaço de coworking disponível, uma sala de formação para 30 pessoas e ainda a possibilidade de realizar actividades de team building com um máximo de 100 pessoas. No piso de cima, há um bar e uma área de lounge que permite ver e acompanhar as experiências que estão a ser jogadas em tempo real.
“O lado mais corporativo também é o nosso target”, explica José Marques, acrescentando que o projecto tem também o serviço de levar às empresas um primeiro momento de introdução à realidade virtual – seja subir ao Burj Khalifa, seja ajudar o Pai Natal a distribuir os presentes. Apesar de o projecto só ter pouco mais de um mês de vida, os responsáveis consideram que o feedback tem sido positivo. Para o futuro, há o desejo de levar o The Park Playground a mais cidades portuguesas.
Rua D.João I, 316 (Matosinhos). Seg-Dom, 9.00-22.00. 27,99€ por experiência (durante o mês de Agosto o preço é de 25€, com oferta de uma bebida).
+ No Douro, o tomate coração de boi é a estrela de Agosto (e tem direito a festa)