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Desde 1920 que a fábrica da Pinhais faz tudo à moda antiga e à mão – desde a recolha do peixe, transformação, cozedura, azeitamento na lata e expedição do produto. A fábrica em Matosinhos, na Avenida Menéres, está classificada como Imóvel de Interesse Municipal desde 2020, por ser uma das mais antigas ainda em laboração, por manter o processo de produção tradicional e privilegiar o peixe fresco do Atlântico.
Nesse edifício está a nascer um museu-vivo, que proporcionará "uma experiência imersiva sobre todas as fases do processo", lê-se em comunicado. Com um investimento de três milhões de euros, o Conservas Pinhais Factory Tour tem inauguração prevista para Outubro deste ano. As visitas ao museu serão guiadas por mediadores culturais, que levarão os visitantes numa "viagem ao passado, às raízes da Pinhais e de todas as suas marcas, nomeadamente a mais internacional, a NURI".
A visita permitirá conhecer a fábrica, o espólio diversificado que faz parte da história do processo produtivo artesanal, a história da empresa e da indústria conserveira (através de conteúdos digitais) e ainda participar no processo de empapelamento – embrulhar as latas segundo as técnicas das artesãs. No fim, numa das salas mais imponentes do edifício, vai poder provar as iguarias da Pinhais e passar na loja, onde se encontram conservas e artigos de coleccionador. Com o avançar do projecto, serão integradas exposições temporárias, serviços educativos e workshops.
"Preservar a memória e legado da indústria, partilhar as origens, processos, histórias e pessoas por trás das nossas marcas, são os grandes objectivos na base deste projecto", afirma Patrícia Sousa, directora de marketing da Pinhais, citada em comunicado. "É uma homenagem às diferentes gerações da mesma família que marcam o percurso da empresa nos últimos cem anos. Tudo na Pinhais respira autenticidade, tradição e qualidade, desde o edifício histórico, passando pelo método de produção e culminando no mais importante, a família das Conservas Pinhais nos seus 146 colaboradores, que dominam e preservam vivo um processo artesanal praticamente extinto no mundo”, acrescenta.
O projecto de instalação do museu-vivo na fábrica Pinhais, cuja obra está entregue à empresa matosinhense Norasil, conta com a parceria institucional da Câmara Municipal de Matosinhos. Será uma experiência para todas as faixas etárias, estando por isso a ser desenvolvido para ser inclusivo.
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