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A abertura das portas aos primeiros visitantes estava marcada para a simbólica data de 27 de Janeiro, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, mas a entrada em vigor do novo estado de emergência, a 15 de Janeiro, adiou a inauguração. Agora, o Museu do Holocausto vai finalmente abrir ao público no dia 5 de Abril. Poderá ser visitado na Rua do Campo Alegre, de segunda a sexta-feira, entre as 14.30 e as 17.30. A entrada será gratuita até ao final de Maio.
O Museu do Holocausto do Porto, criado pela Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP), retrata a vida judaica antes, durante e após o Holocausto – desde a expansão do nazismo na Europa, aos guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, até à libertação e ao pós-guerra, a história é contada pelas suas vítimas. Os visitantes terão oportunidade de visitar uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz, uma sala de nomes, um memorial da chama, cinema, sala de conferências, centro de estudos, corredores com a narrativa completa, fotografias e vídeos.
O novo espaço museológico é tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto, cujos pais, avós e outros familiares foram vítimas do Holocausto, e desenvolverá parcerias de cooperação com museus do Holocausto em Moscovo, Hong Kong, Estados Unidos e Europa.
Em 2013, a Comunidade Judaica do Porto partilhou com o Museu do Holocausto de Washington todos os seus arquivos referentes a refugiados que passaram pela cidade portuense. Estes arquivos, agora regressados à Invicta, incluem documentos oficiais, testemunhos, cartas e centenas de fichas individuais. A construção deste museu contou também com um donativo substancial de uma família sefardita portuguesa do Sudeste da Ásia, que foi vítima de um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Estarão ainda expostos dois Sifrei Torá (rolos da Torá), oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados.
Rua do Campo Alegre, 790. Seg-Sex 14.30-17.30. Entrada livre (até Maio).
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