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Imagine um espectáculo sem palco nem actores, sem cenário nem enredo. Parece uma coisa vinda do futuro e, em certa medida, esta impressão corresponde à realidade. O Museu do Futuro Próximo, criação e produção do Teatro do Frio e das Comédias do Minho, foi pensado para o presente de distanciamento social e quer levar os espectadores a assistir pelo próprio pé, tornando-os cúmplices do processo de criação e, sobretudo, apresentação.
Para isso, escolheram sete espaços públicos nos municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira, que funcionam como cenário para a “criação de ficções com e no território” e convidam à “deriva física e emocional”, descreve o comunicado. As propostas estão alavancadas a sete dramas sonoros, que deverão ser descarregados no telemóvel para dar início à divagação e deambulação dos visitantes.
Nesta espécie de caça ao tesouro em que o público toma as rédeas do seu destino, tudo começa no átrio definido para cada cidade ou vila do Vale do Minho (consultar lista aqui). Aí receberá um envelope e mapa do percurso proposto e, já com os dramas sonoros no seu dispositivo, poderá seguir para um dos “sete observatórios naturais” sugeridos — espaços que são “palco e galeria” onde “sete obras de arte" são mostradas sem “fronteiras físicas”.
O Museu do Futuro Próximo está “feito à escala 1:1 do lugar que ocupa” e pode ser activado como e quando o visitante entender. Embora as indicações da visita correspondam ao trajecto mais curto, os criadores aconselham a que ela seja realizada ao longo de um dia. A ideia é que o público se oriente “pela decisão ou curiosidade” e se deixe perder na iniciativa que decorre até 26 de Setembro.
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