[title]
Está lançada a próxima temporada do Batalha Centro de Cinema. Entre Maio e Julho, a programação conta com novos ciclos, mais estreias, sessões especiais e o regresso das tão aguardadas sessões de cinema ao ar livre, que voltam a transformar a Praça da Batalha numa sala de cinema a céu aberto e de acesso gratuito. Por isso, aproveite o bom tempo e aprecie a programação para os próximos três meses.
Será entre os dias 10 e 20 de Julho que o Batalha traz o cinema para a rua, com o programa Oásis 3: Um Lugar ao Sol. No total, serão exibidos sete filmes, sendo que todas as sessões acontecem às 21.30 e contam com obras que acompanham personagens à procura de um lugar ao Sol – literal ou metafórico. O programa arranca a 10 de Julho, com a exibição de Some Like It Hot, de Billy Wilder, realizador responsável pela célebre comédia que imortalizou Marilyn Monroe a interpretar o tema “I Wanna Be Loved by You”.

Segue-se no dia 11 de Julho, sexta-feira, Picnic at Hanging Rock, considerado um dos melhores filmes australianos de sempre, com realização de Peter Weir. A 12 de Julho é a vez da apresentação de Mississippi Masala, da realizadora Mira Nair, uma das vozes mais poderosas do cinema indiano. O filme conta a história de uma recepcionista num hotel no Mississipi que se apaixona por um limpador de carpetes afroamericano. “O romance desafia os preconceitos de ambas as famílias, presas a histórias de deslocamento, segregação e identidade — enquanto Mina carrega o peso do exílio, Demetrius enfrenta o racismo do sul dos EUA”, lê-se na sinopse.
Na quinta-feira, dia 17 de Julho, é exibido o filme The Blazing Sun, um melodrama em torno da classe trabalhadora, da autoria do cineasta egípcio Youssef Chahine. Já no dia 19, o destaque vai para Morvern Callar, um filme de Lynne Ramsay que fala sobre juventude, identidade, perda e reinvenção.
As sessões de cinema ao ar livre encerram com a exibição de Wild at Heart, no dia 20, numa homenagem ao realizador David Lynch. O romance, o crime e o surrealismo “são os ingredientes desta viagem alucinada por uma américa marginalizada”.
Para os mais novos, entre os dias 3 e 5 de Julho acontece também o Mini-Oásis, com sessões dedicadas às famílias para contar histórias de Verão, crescimento e descoberta.
Novos ciclos, performances e estreias
A nova temporada do Batalha traz mais novidades. Uma delas é o ciclo de cinema Neo/n Noir, que decorre entre 9 de Maio e 6 de Julho e propõe uma viagem pelas paisagens estéticas e emocionais do sub-género surgido nos anos 70 a partir das sombras do Cinema Noir.
Neste ciclo podem ser vistos filmes como Diva, de Jean-Jacques Beneix; Strange Days, de Kathryn Bigelow; Ghost in the Shell, de Mamoru Oshii; Thief, de Michael Mann; e As Tears Go By, de Wong Kar-Wai. Aqui contam-se histórias de alienação e desejo, muitas vezes com uma crítica social subjacente, onde o brilho do néon se mistura com as sombras da cidade.

Para o mês de Maio está agendada a estreia do programa “Câmara Sónica”, com curadoria de Diana Policarpo e João Polido, que propõe um espaço de experimentação entre som e imagem em movimento. No dia 28, Klein apresenta Psalms Trust Vol.3, uma obra comissariada pelo Batalha, e a 18 de Junho Selwa Abd (Bergsonist) interpreta As If Reality?, sendo que ambas as performances acontecem no Bar High Life e são de entrada gratuita.
Nas sessões especiais do Batalha, destaque para a ante-estreia de Hanami, de Denise Fernandes, no dia 11 de Maio, com presença da realizadora para uma conversa com Melissa Rodrigues. O filme foi gravado na ilha do Fogo e já arrecadou o prémio de Melhor Cineasta Emergente em Locarno, tendo ainda recebido uma menção especial como Melhor Primeira Obra.
Já no dia 5 de Junho, o Batalha tem um dia dedicado à artista e cineasta, artista visual e investigadora Mónica de Miranda, com uma sessão de curtas-metragens, a partir das 19.15, seguida de uma conversa com a curadora Cindy Sissokho e do lançamento do catálogo da exposição patente na Galeria Municipal do Porto e na Escola das Artes da UCP. “A sessão explora as relações entre arte, política, memória e território, temas recorrentes no trabalho da artista que representou Portugal na Bienal de Veneza com o projeto Greenhouse”, refere o Batalha em nota de imprensa.
De volta estão também os Tesouros do Arquivo, um programa que apresenta filmes que foram recentemente restaurados e são algumas das melhores obras do passado. Desta vez, serão exibidas duas obras recentemente restauradas da autoria de Souleymane Cissé, Juris Podnieks e Ayoka Chenzira. O programa completo da nova temporada pode ser consultado na página do Batalha.
+ Bienal Fotografia do Porto tem 16 exposições de entrada livre espalhadas pela cidade
+ Do ceviche ao pisco, o Cusco Bar é o novo ponto de encontro entre o Peru e o Porto