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Nos cinco anos d’O Velho Eurico, a festa faz-se na aldeia minhota de Covas

425 quilómetros separam O Velho Eurico da aldeia de Covas, em Vila Nova de Cerveira, mas em Agosto a distância desaparece.

Cláudia Lima Carvalho
O Velho Eurico
Arlei LimaFábio Algarvio e Zé Paulo Rocha
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Da Mouraria para Covas. Durante três dias, de 9 a 11 de Agosto, a taberna fenómeno de Lisboa, de Zé Paulo Rocha e Fábio Algarvio, muda–se para o campo, mais propriamente para Covas, em Vila Nova de Cerveira, para servir jantares “à lá Eurico” nas festas da aldeia.

“Vamos fazer cinco anos e achei que era um pretexto excelente para ir cozinhar à terra dos meus pais, que é também a minha, porque nunca cozinhei lá”, conta à Time Out Zé Paulo Rocha, revelando que conforme O Velho Eurico foi ganhando notoriedade cresceu também a curiosidade no Alto Minho. “As pessoas começaram a conhecer e a perceber o que eu estava a fazer em Lisboa, usando sempre o nome da terra por trás porque isso é algo que importa para mim”, aponta. “Comecei a sentir muito carinho, especialmente daquelas senhoras que cozinham na festa, na parte do restaurante. Lembro-me de estar a comer com os meus pais e a minha família e trazerem-me belouras e pratos pequenos para provar.”

O Velho Eurico
Francisco Romão Pereira

E é por isso que, este ano, o restaurante das festas de Covas fica entregue a Zé Paulo e companhia. “O restaurante está montado no recinto, tem 120 lugares sentados e fica muito perto do palco. Vamos fazer um serviço muito à la Eurico”, promete, antecipando “doses para partilhar” com alguns dos pratos que mais têm dado que falar n’O Velho Eurico. “Vamos fazer pastéis de leitão, moelas, sandocha de pernil e queijo, caldo verde, sopa de entulho, saladinha de choco grelhado, punheta de bacalhau”, enumera o chef, anunciando para sobremesa a afamada baba de camelo, fora da carta do restaurante há um tempo, além de “arroz doce, leite creme e mousse de chocolate com cerejas”. “E vamos andar a distribuir bagaço à pistola só porque sim e porque é o nosso aniversário”. 

Houve um momento em 2019 que O Velho Eurico foi uma espécie de segredo na Mouraria, uma tasca antiga de alma jovem e irreverente. Cinco anos depois, já não há quem não a conheça. O trabalho que ali se faz é sério, mesmo que à primeira vista tudo pareça quase uma brincadeira num tratamento tu cá, tu lá. Na cozinha, sabe-se bem o que se faz: uma cozinha tradicional e despretensiosa com o conhecimento de quem podia estar num fine-dining. Fez fama o bacalhau à Brás ou o arroz de pato, mas é possível que não se encontrem por lá porque o menu vai mudando. 

O Velho Eurico
Francisco Romão PereiraO Velho Eurico

“Já tinha este bichinho para cozinhar em Covas e dar a conhecer à aldeia e às pessoas que não têm oportunidade de ir ao Velho Eurico o que fazemos em Lisboa”, diz Zé Paulo Rocha. 

Quanto às festas em si, o que não vai faltar é animação. Bombos, folclore, concertinas, rusgas, concertos e até insufláveis para as crianças. “São umas festas de aldeia”, conclui o chef entusiasmado. 

Avenida São Salvador, Vila Nova de Cerveira (zona envolvente do edifício sede da Junta de Freguesia e polidesportivo). 9-11 de Agosto, 16.00-04.00

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