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Foi fundado em 1869 por comerciantes e caixeiros e logo se impôs como centro da actividade cultural pública. No Ateneu Comercial do Porto organizavam-se bailes, saraus, tertúlias e noites de poesia onde se reuniam figuras das letras e das artes, da política e da ciência. Agora, aos 150 anos, a sua história é evocada e actualizada em XXATENEUXXI, programa que desde Outubro de 2019, e até Junho deste ano, leva criadores, artistas e pensadores ao histórico edifício.
Ana Rocha, Inês Moreira, Hugo Cruz, Luís Vieira Campos, Pedro Rocha e Rodrigo Malvar são os responsáveis por esta programação que olha para o Ateneu como um “tubo de ensaio”. “É quase uma ocupação autorizada para repensar o que o Ateneu pode ser no futuro”, aponta Ana Rocha, co-curadora da iniciativa apoiada pelo programa municipal Criatório.
Partindo deste “marco da história social e política do Porto”, ancorado no associativismo, o XXATENEUXXI quer mostrar e discutir “práticas artísticas ligadas à pesquisa do trabalho em comunidade”. Paralelamente à pesquisa bibliográfica e ao levantamento de práticas curatoriais levados a cabo pela equipa do programa, acontecem uma série de actividades abertas ao público. Há performance, um ciclo de cinema de Novo Documentário Português organizado por Luís Vieira Campos (14 de Janeiro e 11 de Fevereiro), laboratórios como o Vazio Lab, pensado por Hugo Cruz e Rodrigo Malvar (6 a 11 de Janeiro), ou a apresentação pública de CA Conrad, poeta e performer americana, a 20 e 21 de Março, antecedida por uma residência. Estas e outras actividades desconstroem o Ateneu como elemento histórico e institucional e reformulam-no enquanto espaço imaterial de programação e reflexão crítica.
+ A partir deste mês há concertos de música clássica à luz das velas no Ateneu Comercial do Porto