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Nova ponte entre o Porto e Gaia começa a ser construída em 2023

A nova ponte vai servir a nova linha de metro, mas poderá ser atravessada a pé e de bicicleta. Vai ligar o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia. A Metro do Porto já confirmou a proposta vencedora.

Jornalista de Música, Time Out Porto
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A sétima ponte entre o Porto e Vila Nova de Gaia será exclusivamente reservada para a circulação do metro, ciclistas e peões. A nova travessia sobre o rio Douro ficará entre as pontes da Arrábida e de Luís I e servirá para a nova linha de metro entre a Casa da Música e Santo Ovídio, ligando o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia. Deverá começar a ser construída na primeira metade de 2023 e ficará pronta em 2025.

O relatório final do júri do concurso público para a concepção da nova ponte propôs à administração da Metro do Porto a adjudicação do projecto à proposta que saiu em vantagem na primeira fase, concebida pelo consórcio formado pelo gabinete Edgar Cardoso (que foi também responsável pela execução da Ponte da Arrábida), pela Arenas & Asociados e pela NOARQ. O projecto propõe uma ponte com "um pórtico com escoras inclinadas, suportada integralmente em betão e com um perfil longitudinal a uma altura ligeiramente superior à da Ponte da Arrábida, de modo a não constituir um obstáculo visual", anuncia a Metro do Porto.

A nova ponte vai servir para o metro, mas também para peões e ciclistas
© DRA nova ponte vai servir para o metro, mas também para peões e ciclistas

Com uma forte orientação no sentido da sustentabilidade, a proposta vencedora prevê a instalação de painéis fotovoltaicos nos carris, que permitirão a iluminação da ponte, terá escadas e um elevador a servir a Rua do Bicalho e a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Com um prazo de execução de 970 dias, tem um custo orçado em 50,5 milhões de euros.

A ponte vai fazer parte de uma nova linha de Metro – a Linha Rubi – que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídio. Tanto a futura ponte como a nova linha são totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e estarão construídas e em funcionamento até ao final de 2025. 

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© DRProjecto da proposta vencedora para a nova ponte

O contrato para o desenvolvimento do projecto representará um investimento de um milhão e 120 mil euros. A Metro do Porto e o consórcio agora escolhido vão trabalhar "em estreita cooperação com a câmaras municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia e com todas as partes envolvidas, designadamente a Faculdade de Arquitectura e a Reitoria da Universidade do Porto".

Alcançar a "melhor solução de integração paisagística da nova ponte em ambas as margens do rio Douro" é um dos objectivos, uma vez que o "enquadramento do edificado do lado do Porto obriga a um trabalho de detalhe técnico muito exigente, de modo a alcançar uma convivência harmoniosa de arquitecturas e funções nos espaços públicos do Pólo Universitário do Campo Alegre e em toda a envolvente", acrescenta o comunicado da Metro do Porto.

Proposta do gabinete Edgar Cardoso, Engenharia e Laboratório de Estruturas
© DREm primeiro lugar, ficou a proposta do gabinete Edgar Cardoso

A Metro do Porto recebeu 28 propostas para o concurso público de elaboração de projecto e execução da nova ponte, tendo apresentado, em Outubro de 2021, as três melhores – todas lideradas por gabinetes de engenharia e arquitectura portugueses. Em Novembro de 2021, o concurso para o projecto de construção da ponte ficou suspenso, após o Tribunal do Porto ter aceitado uma acção interposta por Adão da Fonseca e Siza Vieira.

Recorde-se que, além desta nova ponte, já está prevista a construção de mais duas pontes entre o Porto e Vila Nova de Gaia. Uma vai chamar-se D. António Francisco dos Santos e fará a ligação entre a zona de Campanhã, no Porto, à zona de Quebrantões, em Oliveira do Douro, entre as pontes do Freixo e de São João. Servirá para tráfego automóvel, transportes colectivos e meios suaves. A outra vai ser uma "ponte-espelho" da Ponte de São João, para servir de travessia ferroviária à nova linha de comboio de alta velocidade.

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