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‘O Barbeiro de Sevilha’ afiou a navalha e volta a trazer ópera ao Coliseu do Porto

A nova produção apresenta a obra de Gioachino Rossini em formato integral. Tem récita única esta sexta-feira, 27 de Setembro.

Jornalista
'O Barbeiro de Sevilha' estreia a 27 de Setembro
Lara Jacinto / Coliseu Porto Ageas'O Barbeiro de Sevilha' estreia a 27 de Setembro
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Viajamos para Sevilha, no século XVIII. Em palco, os edifícios inconfundíveis da cidade espanhola surgem sob um conjunto de luzes de diversas cores. A história é contada e cantada e atravessa o humor e o drama. O alegre e astuto barbeiro Figaro quer ajudar o conde Almaviva a conquistar Rosina, mas há um problema: apesar de estar encantada com as serenatas do seu misterioso pretendente, a jovem é zelosamente guardada pelo velho Dottore Bartolo que, ajudado pelo sinistro Don Basílio, quer casar com a sua pupila o mais rápido possível. 

Numa récita única em formato integral, com vários números em alta velocidade, a ópera está de regresso ao Coliseu do Porto esta sexta-feira, dia 27 de Setembro, às 21.00, com uma nova produção de O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini. O palco será partilhado por um elenco de sete solistas, portugueses e italianos, juntamente com o Coro e Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade.

O palco será partilhado por um elenco de sete solistas, com o Coro e Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade.
Lara Jacinto / Coliseu Porto AgeasO palco será partilhado por um elenco de sete solistas, com o Coro e Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade.

"O Barbeiro de Sevilha é um clássico sempre com muito impacto junto do público, pela sua energia, graciosidade e humor e pela cadência do seu conteúdo, porque alguns dos valores que a ópera exprime continuam a ser pertinentes neste momento, na sociedade em que vivemos”, refere à Time Out o Maestro José Ferreira Lobo, encarregue da direcção musical desta produção e com muitos anos de ópera e de produções d'O Barbeiro de Sevilha.

Com libreto de Cesare Sterbini, baseado na comédia Le Barbier de Séville, do dramaturgo francês Pierre Beaumarchais, esta ópera em dois actos mergulha numa partitura com um ritmo acelerado e um virtuosismo que transportam o espírito da comédia para uma narrativa dramática que combina o absurdo com um toque de realismo satírico. 

Trata-se, sobretudo, “de energia, humor e de tudo aquilo que a ópera permite pensar sobre as relações humanas” e valores como o amor, a paz e a justiça moral. A ópera vai ser ouvida integralmente, tendo uma encenação e cenografia originais para esta produção a cargo de Linda Rodrigues e Miguel Massip, respectivamente.

A história passa-se em Sevilha, no século XVIII
Lara Jacinto / Coliseu Porto AgeasA história passa-se em Sevilha, no século XVIII

A tradição da ópera 

Antonino Giacobbe interpreta o barbeiro Figaro, protagonista da história. “O Figaro é uma pessoa que tenta sempre encontrar soluções para cada problema. Quando uma situação está prestes a piorar, ele encontra uma forma de sair vitorioso”, explica o solista italiano, que vai partilhar o palco com nomes como Francesca Bruni, cantora italiana que interpreta Rosina, e ainda o português Dinis Rodrigues, que será o conde Almaviva. José Corvelo interpretará o Dottore Bartolo e Rui Silva será Don Basílio.

Figaro é como muitos de nós que “na vida tentamos sempre não desistir”. E essa "positividade extrema" é também um dos desafios na interpretação desta personagem. “O Figaro é uma pessoa muito brilhante, muito positiva, precisamente por conseguir resolver os problemas. Além de ter sido um desafio a nível vocal, teve também que haver um trabalho a nível psicológico, porque é difícil hoje em dia, no mundo em que vivemos, ter esta positividade que o Figaro tem”, revela o solista, que vai actuar pela primeira vez no Coliseu do Porto. 

É a segunda vez que uma produção de 'O Barbeiro de Sevilha' pisa os palcos do Coliseu do Porto.
Lara Jacinto / Coliseu Porto AgeasÉ a segunda vez que uma produção de 'O Barbeiro de Sevilha' pisa os palcos do Coliseu do Porto.

A sala de espectáculos portuense já tem alguma tradição de ópera e é “a única instituição no Porto que faz óperas em versão integral”, muito em parte pelo equipamento e espaço único que dispõe, tal como relembra o Maestro José Ferreira Lobo. Será a segunda vez que O Barbeiro de Sevilha é produzido no Coliseu, tendo a última vez sido há cerca de 15 anos. Os bilhetes para esta produção estão à venda online ou na bilheteira do Coliseu e variam entre os 15€ e os 45€. 

Rua de Passos Manuel, 137 (Porto). 27 Set, Sex, 21.00. 15€-45€.

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