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O Porto acabou de ganhar um novo projecto de programação musical cuidada e regular, nacional e internacional, num espaço especial da cidade, o Pérola Negra. O antigo clube de sexo, que no ano passado reabriu como discoteca, regressa outra vez com uma nova cara, um novo rumo e uma nova direcção artística que quer implementar uma plataforma artística colaborativa e inclusiva apoiada na cultura clubbing.
O “mote da casa” passa pelos “valores de inclusividade e diversidade”, não só no que diz respeito aos públicos, mas também aos artistas e respectivas expressões artísticas, explica Jonathan Tavares, gestor do projecto. Haverá espaço para vários géneros de música, do house ao hip-hop, do techno à música experimental, e para vários formatos, com múltiplos slots na mesma noite.
A programação está a ser estruturada através de parcerias com editoras, colectivos e co-programadores, entre eles a Labareda, Príncipe, Favela Discos, Extended Records, Intera e Ácida. Um dos pontos diferenciadores do projecto são as parcerias internacionais, que serão estabelecidas sobretudo com agentes da cena clubbing holandesa.
“Queremos criar um programa de importação e exportação sustentável e fazer do clube um espaço de transmissão”, diz Jonathan. Este mês arrancou com o americano GE-OLOGY. No sábado 8, deu-se início à joint-venture entre a Favela Discos e a Príncipe. Pela primeira vez acompanhados por uma banda, os Dealema dão um concerto a 29. Destaque ainda para a noite Tetris, a 22, ancorada nas temáticas do empoderamento sexual e da pós-pornografia, com performances, instalações artísticas e sets de Sian Baker, DJ Saliva e Odete.