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Na requalificada Casa da Vandoma, ao lado da Sé do Porto, nasceu um novo museu recheado com um histórico espólio de cor e de luz. Em exposição no Museu do Vitral está uma selecção das obras de João Aquino Antunes, o último pintor português que dedicou a sua vida aos vitrais.
No museu poderá apreciar obras-primas em vitrais tradicionais, painéis decorativos, instalações de arte abstracta e um caleidoscópio de 400 cores de vidro. Poderá também ver uma recriação de parte do estúdio do artista, com esboços originais e maquetes.
A visita termina com uma panorâmica sobre o centro da cidade, a provar um cálice de vinho do Porto Taylor’s, numa parceria com o grupo The Fladgate Partnership. O museu está aberto todos os dias, das 10.30 às 19.30. Os bilhetes custam entre 4€ (8-17 anos) e 8€ (adultos, com direito a cálice de vinho do Porto). O bilhete família, para dois adultos e duas crianças (8-17 anos), fica por 20€.
João Aquino Antunes é diplomado pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde foi professor de vitral e mosaico durante mais de 36 anos. É o último pintor de uma família de três gerações que se dedicou inteiramente à arte do vitral. Cresceu a brincar com pedaços de vidro colorido no ateliê do pai e foi aí que aprendeu todas as técnicas desta expressão pictórica.
Pertence à família de artesãos do Atelier Antunes, fundado em 1906 no Porto. É o mais antigo de Portugal e é reconhecido internacionalmente. Ao longo destas três gerações, foram criadas obras visíveis por Portugal e por todo o mundo – desde a Tailândia aos Estados Unidos, de Timor a Angola, do Brasil à Venezuela e da Austrália à África do Sul. Na cidade do Porto, pode contemplar estas obras na Igreja de Santo Ildefonso, na Igreja dos Congregados, na Livraria Lello e no Hotel Infante Sagres, entre outros.
Os múltiplos padrões e cores de luz têm sido a fonte de inspiração de muitos artistas. O vitral é uma das formas de pintura artística mais disseminadas desde o Renascimento – historicamente, a sua produção está associada ao simbolismo religioso e espiritual, sendo também um nobre elemento decorativo em muitos edifícios públicos e privados. Ao longo do tempo, novos movimentos artísticos trouxeram novas visões criativas à concepção do vitral, que não ficaram alheios a mestres como Amadeu Souza-Cardoso ou Júlio Resende.
Rua de D. Hugo, 2-6 (Sé). 93 882 0006. Aberto todos os dias 10.30-19.30. Bilhetes: 4€ (crianças), 8€ (adultos, com cálice de vinho), 20€ (2 adultos + 2 crianças).