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O presépio que se julga ser o mais antigo da cidade do Porto, datado do século XVIII, está na Igreja de São José das Taipas, onde pode ser visto até 6 de Janeiro. A autoria desta obra de arte é atribuída à escola de Machado de Castro, um dos grandes escultores europeus do barroco.
Por norma, esta obra não está acessível ao público, devido a questões de segurança e de conservação, mas este ano a Irmandade das Almas de São José das Taipas decidiu presentear a cidade com a sua exibição. O presépio pode ser visitado diariamente de manhã, entre as 11.00 e as 12.30, ou à tarde, entre as 15.30 e as 17.00. Existe ainda a possibilidade de realizar visitas noutros horários, mediante agendamento prévio.
Este presépio tem uma particularidade: em vez dos habituais três reis magos, tem quatro. Os três reis são representantes dos três continentes (Europa, Ásia e África) que eram conhecidos à data da criação do primeiro presépio, em 1223, por S. Francisco de Assis. O presépio da igreja de S. José das Taipas é de um tempo em que a humanidade já tinha conhecimento de um quarto continente (América), daí a representação de um quarto rei, na figura de um chefe índio sul-americano.
Mas este ano há uma novidade no exterior da Igreja de São José das Taipas: um presépio pintado num painel de seis metros, que representa a visão do artista urbano Kilos, a quem a Irmandade das Almas de São José das Taipas lançou o convite. A base de inspiração foi a mensagem da Carta Apostólica do Papa Francisco sobre o significado do presépio, divulgada em 2019. A Igreja de São José das Taipas espera, com esta acção, "trazer às pessoas um pouco mais de alento num ano particularmente difícil", segundo a nota de imprensa.
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