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Noventa e três Primaveras já cá cantam. O Rivoli está de parabéns e celebra a data com quatro dias de festa, com espectáculos de entrada livre para todos os tipos de espectadores. Assim sendo, de 23 a 26 de Janeiro, “o convite é para virar a casa do avesso, viajar ao ponto zero da humanidade e marchar sem parar. Ao som de um loop de teclado, de uma utópica composição de Monteverdi e de quase 300 hinos”, adianta em comunicado o Teatro Municipal do Porto.
Nos dias 24 e 25, o público poderá assistir a Madrigals, de Benjamin Abel Meirhaeghe, em estreia nacional, às 21.30. Neste espectáculo musical, o encenador dá vida aos “Madrigali guerrieri et amorosi”, de Monteverdi, considerado o último grande madrigalista. “Trata-se de um espectáculo musical centrado no ‘ponto zero’, o ponto primordial que representa o fogo em torno do qual os primeiros humanos se reuniam, o buraco negro cósmico onde o tempo e o espaço desaparecem”. E esse ponto zero, referem, “simboliza a fusão da música clássica e contemporânea no batimento cardíaco de um novo mundo. É a passagem de uma cenografia complexa e multifacetada para o vazio total em palco”.
De 23 a 25 de Janeiro, Casio Tone Reprise, de Sílvia Real & Sérgio Pelágio, promete conquistar o público mais jovem e as suas famílias, com sessões às 10.30 nos dois primeiros dias e no domingo às 16.00. O espectáculo, com tanto de absurdo como de caricato, conta a história da Senhora Domicília, nascida em 1997, que habita “um minúsculo apartamento onde o original e a réplica se confundem. A sua corporalidade tão geometricamente absurda, tão neuroticamente ordenada, fala de um presente que é também, e talvez cada vez mais, o nosso: o avesso do avesso, a imitação da imitação”.
E como não há duas sem três, os dias 25 e 26 serão preenchidos pelo “espectáculo duracional” The Complete National Anthems of the World, de Carlos Azeredo Mesquita, onde se ouvem, ao longo de 12 horas, divididas por dois dias (entre as 15.00 e as 21.00), quase 300 gravações a capella de hinos nacionais “enquanto quatro músicos de uma banda filarmónica tocam e marcham sem parar”.
No dia 25, a partir das 23.00, há ainda espaço para receber o DJ set de Batida no TMP Café, projecto de Pedro Coquenão, cujo trabalho se tem desenvolvido em torno de áreas como a música, a dança, as artes visuais e plásticas. Os espectáculos são todos de entrada livre, mediante levantamento de bilhete nos dias das sessões, a partir das 10.00, nas bilheteiras do TMP ou na BOL.
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