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Em 2017, o futuro do Teatro Sá da Bandeira era incerto. Os então proprietários haviam comunicado à Câmara Municipal do Porto a intenção de vender o imóvel, não pondo de parte a transformação daquela estrutura artística e cultural. Na altura, o município decidiu salvaguardar o histórico edifício, exercendo o direito de preferência sobre a aquisição do imóvel. Ao mesmo tempo, deu início ao processo de classificação do teatro junto da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), “solicitando desde logo a distinção como Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local”.
No ano passado, a autarquia aprovou a venda do Teatro Sá da Bandeira em hasta pública por 2,1 milhões de euros. A 30 de Maio, foi anunciada a compra do teatro por 3,5 milhões de euros pela Livraria Lello, sob o compromisso de preservar as características e os usos do edifício. O processo de classificação do edifício ficou concluído esta quarta-feira, com a publicação em Diário da República de uma Portaria datada de 15 de Janeiro.
Segundo aquele documento, o Teatro Sá da Bandeira — inaugurado em 1874 como Teatro-Circo Príncipe Real e rebaptizado em 1910 —, “é um dos mais importantes marcos do património cultural da cidade”, facto que reside no “seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos”, assim como o “seu valor estético, técnico e material intrínseco”. A classificação do Teatro Sá da Bandeira como Monumento de Interesse Público assegura, assim, a continuidade da sala de espectáculos mais antiga da cidade.