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Ombros para fora, pé no pedal: o I Hate Jim é o novo estúdio de indoor cycling de Matosinhos

Farto de pedalar sozinho? O I Hate Jim é o primeiro estúdio inteiramente dedicado ao ‘indoor cycling’ no Grande Porto.

Escrito por
Adriana Pinto
I Hate Jim
© DRA equipa de treinadores do I Hate Jim
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Ginásios há muitos e, quando não se tem interesse em musculação, a escolha de muitos acaba por recair nas aulas de grupo: pilates, yoga, zumba, RPM e, claro, o cycling. Bicicletas em ginásios existem há anos, mas faltava na zona do Porto um estúdio especializado no chamado ‘indoor cycling’ — uma escassez agora solucionada pelo I Hate Jim.

Foi esse espaço por preencher que motivou os jovens lisboetas André Pedro e Francisco e Rita Lopes a subir a A1 e abrir o seu primeiro negócio. “Costumávamos todos frequentar aulas de cycling em Lisboa e achámos boa ideia trazer esta modalidade para Matosinhos, que é a terra da minha avó e a Cidade Europeia do Desporto 2025”, revela Rita, a co-fundadora que gere o estúdio diariamente.

Sem histórico de gestão de um estabelecimento, nem experiência no ensino de desporto, por onde começar? O conceito ficou definido cedo e transparece desde logo no nome do estúdio — I Hate Jim é um ‘pun’ engraçado com a palavra homófona ‘gym’, podendo então traduzir-se para “eu odeio ginásio”. E é bom que tal fique assente desde cedo: este centro de fitness pouco tem a ver com um ginásio normal.

I Hate Jim
© DR

“Queríamos mesmo afastar-nos do funcionamento de um ginásio normal: a azáfama, as aulas metódicas, os equipamentos muitas vezes desgastados e as mesmas músicas de sempre. Queríamos criar aqui um espaço mais personalizado e confortável para quem procura especificamente as aulas de cycling”, conta-nos Rita. Essa oferta de conforto é notável logo à entrada, na parede de sapatilhas de vários tamanhos, preparadas para os clientes e singularmente adaptadas às bicicletas do estúdio. Depois de as calçar e pegar numa das toalhas oferecidas pela casa, está na hora da aula. Orientações dadas, luzes quase totalmente apagadas, calçado preso ao pedal e arranca a música — outro dos fatores que diferencia o I Hate Jim.

Aulas com géneros musicais diferentes?

“Cada um dos nossos seis “entert(r)ainers” utiliza um ou vários géneros de música específicos nas suas aulas, para que as pessoas possam escolher o seu preferido e o que as deixa mais empolgadas”, diz Rita. Nas aulas da professora Clara, o hip-hop e o R&B são os cabeças de cartaz; já nas de Mel, por exemplo, vai-se mais pela onda rock e blues. Fica completamente à escolha do freguês, que nem precisa de experimentar para ver, pois cada treinador/animador faz as suas próprias playlists, disponíveis para consulta aqui. Por vezes, há também aulas temáticas especiais, como a “Rihanna x Dua Lipa” da professora Inês.

Fora a música, as aulas são bastante parecidas entre si: sempre abertas a todos os níveis de aprendizagem e desportismo e com acompanhamento personalizado. “Não queremos que as pessoas sintam a competitividade e a inquietação por vezes comuns em ginásios regulares”, sublinha Katiuska Cantillo, a head coach do IHJ, responsável pela organização dos treinos e formação dos professores. A sua paixão principal é a dança, algo que tenta ao máximo trasladar para as aulas.

No conforto do escurinho e ao ritmo das músicas seleccionadas, cada um segue os 45 minutos de aula ao seu ritmo, porque “o importante é fazer bem”, segundo Kat. Ouve-se várias vezes: “costas direitas, barriga para dentro, ombros para fora”. Do pequeno palco na sala erguido, os treinadores olham para os presentes, dando dicas e palavras de força e de coragem com a ajuda de um microfone de ouvido. Cantar e dançar (maioritariamente com a cabeça) são aceites e recomendados. Depois do esforço, já fora da bicicleta, há alongamentos e uma transição para músicas mais calmas.

I Hate Jim
© DR

Lá dentro, o conforto continua: chuveiros individuais e produtos oferecidos pela casa — do champô e gel de banho aos cuidados de pele, com uma variedade de séruns digna de um “Get Ready with Me”.

Rita Lopes, que anteriormente trabalhava em desenvolvimento humano, encontrou no I Hate Jim um novo senso de comunidade. “Achávamos que a angariação do estúdio ia ser maioritariamente pelas redes sociais, mas o que nos tem acontecido mais é as pessoas trazerem os amigos e conhecidos”, revela a co-fundadora. “Já sei o nome dos clientes, eles o meu e ficarmos a falar um bocadinho antes das aulas — é mesmo isso que procurávamos quando abrimos o espaço.”

No sentido da rebelião contra o sistema ginasial comum, o IHJ também não possui cartão de membro, mensalidades ou fidelidade. A primeira aula é gratuita e, posteriormente, cada um “compra as aulas que fizerem sentido para si”. O custo de um treino apenas é de 15€, mas existem packs com descontos: desde três (30€) a 30 (270€). As aulas devem ser marcadas online, até cinco minutos antes do seu início. Ao marcar, pode logo escolher qual bicicleta quer — na entrada da sala, um quadro de giz simpático com o seu nome e o dos seus colegas de treino relembrá-lo-á do seu lugar.

R. Ló Ferreira 215 (Matosinhos). Seg-Sex 6.30-22.00 / Sab-Dom 9.30-12.30.

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