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A Associação Comercial do Porto e a Fundação de Serralves colaboraram pela primeira vez em 2016, uma parceria que se provou duradoura, já que, a partir de dia 11 de Maio, o Palácio da Bolsa vai receber uma nova exposição, vinda directamente da Colecção de Serralves. O artista que vai estar em destaque é João Vieira e o seu trabalho vai estar exposto até 12 de Setembro.
João Vieira é um dos artistas mais relevantes no panorama artístico nacional e afirmou-se não só no campo da pintura, mas também como um dos precursores da performance e da instalação. As duas obras escolhidas para estarem em destaque remetem ao início da década de 1970 e "expandem a investigação do artista em torno de signos linguísticos para lá do campo da pintura", explica a Fundação de Serralves, em comunicado.
Caixa Branca, de 1971, propõe criar, com a ajuda do público, uma nova linguagem, através de um sistema rudimentar de lâmpadas e interruptores em que as "letras do alfabeto podem ser acesas ou apagadas, ao sabor da invenção lúdica de novas palavras e sintaxes".
Já "A" grande, de 1970, representa o único vestígio conservado e restaurado pelo artista da sua primeira performance, apresentada com o nome O espírito da letra – uma série de letras de grande formato que foram destruídas por João Vieira e um grupo de crianças. "Ao romperem com os limites da pintura bidimensional, as letras de Vieira ganharam corpo e estabelecem uma confrontação física com os espectadores e com os agentes da destruição performativa, deixando subentendida uma crítica à linguagem enquanto suporte do discurso", diz a nota de apresentação.
Esta iniciativa faz parte do programa nacional de itinerâncias da Colecção de Serralves, cuja missão é tornar o acervo da Fundação acessível a todo o tipo de públicos, oriundos de todas as regiões do país.
Anteriormente estiveram em destaque: Monika Sosnowska, em 2016, com a exposição de escultura A Colecção no Palácio da Bolsa: Ângelo de Sousa, João Machado e Zulmiro de Carvalho; em 2017, Atoms Outside Eggs, de Katharina Grosse; em 2018, Angela Bulloch com heavy metal stack of sixs; e, no ano passado, Ana Vieira com uma obra Sem título, datada de 1968.
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