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Começou em Braga, em 2000, e chegou ao Porto em 2004. Vinte anos, quatro moradas (todas na Rua do Almada) e muitos discos depois, chegou a hora de celebrar duas décadas de Louie Louie na cidade. No dia 23 de Novembro, todos os caminhos levam os melómanos portuenses ao espaço Almada Ponto, um par de portas acima da loja.
“Há uns anos era quase só pessoal mais velho a comprar, hoje em dia noto uma procura muito maior, especialmente entre os mais jovens”, conta-nos Rui Quintela, dono da loja. Desde 2021 que o vinil domina o mercado da música em Portugal e a Louie Louie mantém-se um dos pilares da compra de discos no Porto. Mas também os CDs estão a começar a voltar em popularidade, segundo Rui, "muito provavelmente por causa do preço, bem inferior ao dos vinis".
A oferta da Louie Louie é abrangente e tem-se vindo a adaptar a estes novos públicos, tanto nos vinis como nos CDs. Dos clássicos com décadas, ao último álbum da Taylor Swift, há de tudo, para todos. "É muito interessante ver a maneira como diferentes gerações interagem com a música em formato físico", conta Rui, "deixa-me muito contente ver este entusiasmo, às vezes em pessoas até de 15 e 16 anos".
Mas mais do que um estabelecimento de música, a loja é um “símbolo de resistência do analógico, numa era cada vez mais dominada pelo digital” e um “lugar de troca de ideias, de conexão entre melómanos e artistas”, afirma a gerência.
Para celebrar duas décadas de dedicação ao enriquecimento do panorama cultural portuense, o plano só poderia ser um: concertos, claro. Entre as 15.00 e as 20.00, o Almada Ponto vai encher-se de música, à grande e à nortenha. Os barcelenses Black Bombaim arrancam a festa, seguidos dos locais Marquise e de O Triunfo dos Acéfalos, naturais de Santo Tirso. A tarde fecha com os DJs Xico Ferrão & Rui Pimenta, já bem conhecidos da cidade. A entrada é livre.
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