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Setembro é o mês dos regressos e dos recomeços e é também o mês em que a programação do Batalha Centro de Cinema ganha um novo fôlego. Desta vez, o convite é para mergulhar no cinema. Isto porque a abertura da nova temporada arranca com o ciclo temático “Sob a Superfície: A Piscina no Cinema”, que acontece de 5 de Setembro a 10 de Novembro. Mas a programação conta ainda com uma retrospectiva da obra do cineasta japonês Nagisa Ōshima, uma exposição, um programa que vai levar o cinema a vários locais vizinhos do Batalha, novos filmes dos Tesouros do Arquivo e as já habituais sessões para famílias.
"Sob a superfície: a Piscina no Cinema"
O ciclo temático que marca a rentrée do Batalha conta com 19 filmes, duas instalações e uma festa. As obras seleccionadas do ciclo "Sob a superfície: a Piscina no Cinema" vão desde os anos 30 à contemporaneidade e atravessam vários géneros e estéticas. O objectivo é “explorar a piscina enquanto elemento que atravessa a história do cinema, explorando as suas tensões e contradições – e como funciona, muitas vezes, como veículo para reflexões sobre corpo, desejo, morte, comunidade, classe e ecologias”, refere o Batalha Centro de Cinema.
Serão apresentados filmes de Anna Muylaert, Barbara Hammer, Bill Viola, Céline Sciamma, Frank Perry, Henri-Georges Clouzot, Jean Vigo, Jerzy Skolimowski, Leopoldo Torre Nilsson, Miguel Gomes, entre outros cineastas. The Swimmer, de Frank Perry, é o primeiro filme exibido, no dia 5 de Setembro, às 21.15.
Após esta sessão, às 23.00, o bar do Batalha acolhe ainda o live act Splish Splash: Piscinas e Videoclips, com MVRIA e Lessa (Monster Jinx), uma festa, de entrada gratuita, em que todas as músicas seleccionadas têm um elemento em comum: a piscina. Este ciclo temático tem ainda duas sessões para famílias, com a exibição de O Homem da Câmara de Filmar, de Buster Keaton, a 7 de Setembro (15.15) e 50 Metros Livres, a 21 de Setembro (15.15).
O programa completo deste ciclo pode ser consultado na página do Batalha Centro de Cinema. Os bilhetes custam 5€.
Retrospectiva Nagisa Ōshima
Outro dos destaques da próxima temporada do Batalha Centro de Cinema é a retrospectiva "Nagisa Ōshima: Cerimónias de Transgressão", com a curadoria de Miguel Patrício. Entre 11 de Setembro e 20 de Novembro será exibido um conjunto de obras do cineasta japonês (os bilhetes custam 5€), que exploram temas desde relações proibidas a homoerotismo e desejos, numa premiada filmografia marcada "por escândalos e polémicas" e "um processo em tribunal por obscenidade após a estreia de O Império dos Sentidos", mas também por colaborações com figuras como David Bowie e Ryūichi Sakamoto.
Projecto Vizinhos
A 14 de Setembro regressa também o projecto Vizinhos, um programa que liga o Batalha à comunidade local, com uma deambulação fílmica por oito locais "vizinhos" da Praça da Batalha, desde cafés e lojas a espaços culturais, onde estarão em exibição obras da Filmoteca do Centro de Cinema.
Sessões especiais
Há sempre um filme adequado a uma determinada altura. E, por isso, o Batalha Centro de Cinema conta também com sessões especiais. Na programação para o próximo trimestre destacam-se Godzilla, de Ishirō Honda, a propósito do World Day for Audiovisual Heritage. Haverá ainda uma sessão especial que assinala os 50 anos do desaparecimento do mestre italiano Vittorio De Sica com La ciociara (Duas Mulheres), protagonizado por Sophia Loren e Jean-Paul Belmondo.
"O que aconteceu ainda está porvir"
A exposição “O que aconteceu ainda está porvir”, com a filmografia de Ana Vaz, é inaugurada a 19 de Setembro (21.15) e reúne vários poemas cinematográficos "que tecem uma etnografia sci-fi de diferentes capitais europeias enquanto eixos do pensamento colonial". Ainda antes, entre 5 de Setembro e 30 de Novembro, é também apresentada a exposição “Cine-Fotonovela: Um tipo de cinema esquecido na impressão”, que inclui uma conversa com o curador Jan Baetens e a exibição do filme La jetée, de Chris Marker. A entrada é livre.
Tesouros do Arquivo
Em Outubro estão também de volta os Tesouros do Arquivo, um programa que apresenta filmes que foram recentemente restaurados e são algumas das melhores obras do passado. Desta vez, chegam duas obras que abordam a Segunda Guerra Mundial e os seus efeitos. Em Novembro, a Palestina e o tema do colonialismo são revisitados com The Flower of All Cities, de Ali Siam, Arab Israeli Dialogue, de Lionel Rogosin, The Urgent Call of Palestine, de Ismail Shammout, e ainda a apresentação de Leila and the Wolves, com a presença da cineasta libanesa Heyni Srour.
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