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A Porto Design Biennale 2021 anunciou o programa que, entre 2 de Junho e 25 Julho, vai levar a vários locais do Porto e Matosinhos 49 actividades, que pretendem "lançar as bases para a criação de comunidades de mudança", explica a organização em comunicado.
Exposições, conferências, workshops e publicações são alguns dos eventos, divididos entre 54 dias, que fazem parte da agenda proposta pelo curador geral Alastair Fuad-Luke, e que apelam à participação de todos – cidadãos, visitantes, profissionais e amantes do design. Tudo isto envolve nove curadores e 25 espaços das duas cidades.
Entre os destaques, está a exposição Museu da Matéria Viva, "onde o design é chamado a olhar a nossa relação sustentável com todos os seres vivos". Paralelamente a esta mostra, vai ser desenvolvido um ciclo de expedições e workshops, da responsabilidade de Alexandra Fruhstorfer (Áustria) e Seçil Uğur Yavuz (Itália/Turquia), Julia Lohmann (Alemanha) e Violaine Buet (França), e Alastair Fuad-Luke (Reino Unido/Portugal) e Tiago Patatas (Portugal).
Estas acções vão acontecer em diferentes espaços como a Casa do Design e o Museu Quinta de Santiago, em Matosinhos, e no Museu da Cidade - Bonjóia, no Porto.
Já o Palacete Viscondes Balsemão e a Praça Carlos Alberto, no Porto, vão ser pontos de instalação para Cuidado Radical: Arquiteturas de Amor e Reciprocidade, uma proposta orientada por Ana Jara (Artéria, Portugal) e Alberto Altes (Espanha). Este trabalho "vai reunir histórias de práticas que contribuem para aumentar os níveis de cuidado e de amor no planeta e sobre o planeta, resistindo ao cinismo e à irresponsabilidade tóxica".
A Associação Saber Compreender, no Porto, vai receber Habitar 424, um projecto com curadoria de Fran Edgerley e Inês Marques (Reino Unido) e de El Warcha (Portugal), que vai organizar um workshop desenvolvido por e para a comunidade sem-abrigo portuense. O projecto tem o objectivo de "reconceptualizar o entendimento comum dos sem-abrigo, proporcionando ao mesmo tempo crescentes recursos comunitários para o futuro".
A Porto Design Biennale também vai chegar ao público através das plataformas digitais, com a exposição Linhas Invisíveis, com curadoria do CRA-Carlo Ratti Associati, em colaboração com o MIT Senseable City Lab, que "apresentará um olhar sobre o processo de gentrificação e nova guetização da cidade com recurso à Big Data".
Além de ter muita coisa para ver, durante a bienal poderá também ouvir uma série de podcasts direccionados para as ideias lançadas pelo programa Vozes do Atelier, com curadoria de André Cruz e o ciclo Perspetivas Periféricas: Conversas às Sextas, "que propõe um conjunto de colóquios participados por académicos interdisciplinares, pensadores não académicos, designers, artistas visuais e performativos e cidadãos".
Esta edição do evento está a ser organizada pela esad–idea e promovida pelos municípios de Matosinhos e do Porto. Pode consultar o programa completo online.
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