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Inicialmente agendado para acontecer em Junho, mas adiado por força da pandemia, o Porto Femme – Festival Internacional de Cinema regressa para a sua terceira edição até sábado, 10 de Outubro, para mostrar “cinema realizado por mulheres, protagonizado por mulheres, sobre temáticas de mulheres, mas que, no fundo, é apenas cinema feito por mulheres para… todos os géneros”, descreve a apresentação no site.
Ao longo de quatro dias, serão exibidos 127 filmes oriundos de 39 países em sessões repartidas por salas do Cinema Trindade, Casa Comum – Reitoria da Universidade do Porto, Maus Hábitos, Casa das Associações do Porto e Zero Box Lodge Hotel. Como habitual, o festival quer reclamar um espaço para as mulheres na sétima arte, divulgando os seus trabalhos e servindo de plataforma de informação, discussão e consciencialização sobre as questões sociais e políticas com que as mulheres se deparam em todo o mundo.
O programa de cinema no feminino é vasto e inclui curtas-metragens, animações, documentários, longas-metragens e experimentais, em que participam jovens cineastas de Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, México, Cuba, Eslovénia e Japão, entre outros pontos do globo. Além de realizadoras e actrizes emergentes, o Porto Femme procura destacar anualmente várias mulheres que tenham marcado a história do cinema português.
Este ano, serão homenageados três nomes essenciais do nosso grande ecrã: a actriz e encenadora Fernanda Lapa, fundadora da Escola de Mulheres – Oficina de Teatro e acérrima lutadora pela presença das mulheres no palco, com a exibição do documentário Mulheres no Palco (2006), de Luísa Sequeira e Luísa Pinto; a actriz Isabel Ruth, figura incontornável do novo cinema português, com a projecção de O Sapo e a Rapariga (2018) de Inês Oliveira, que contará com a presença da realizadora e da intérprete; a realizadora Margarida Cordeiro, que construiu uma “linguagem cinematográfica inovadora e poética, por meio de docu-ficções etnográficos” ao lado de António Reis. A longa-metragem Ana (1982), realizada pela dupla, protagonizará este tributo. Será homenageada, ainda, a actriz dinamarquesa Anna Karina.
Paralelamente às projecções de filmes, o Porto Femme acolhe conversas e debates sobre temas como sexualidade feminina e transexualidade, workshops com a realizadora Catarina Mourão e com a jornalista e programadora chilena Antonella Estévez, a exposição Femme Quarantine, que traz 29 obras de 25 artistas à Casa das Associações e outras 19 que serão mostradas online, e muito mais. A programação completa pode ser consultada aqui. A entrada custa 3,50€ para as sessões no Cinema Trindade e é gratuita para as restantes salas, mas aconselha-se reserva, já que a lotação é limitada.
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