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Foi o melhor dos Primaveras; foi o pior dos Primaveras. Foi o ano em que mais pessoas se juntaram no Parque da Cidade num só dia; foi o ano em que mais concertos foram cancelados, por múltiplas razões. Mas já está garantido que o festival catalão volta ao Parque da Cidade do Porto, entre 12 e 14 de Junho de 2025.
As datas foram avançadas este sábado. Em comunicado, a organização descreve a edição deste ano como a “mais audaz de sempre” e adianta alguns números. A noite de sexta-feira, em que actuou Lana del Rey e deviam ter tocado os Justice, terá sido a mais concorrida da história do festival portuense, com 40 mil visitantes e a lotação esgotada. Ao todo, passaram cerca de 100 mil pessoas pelo Parque da Cidade entre 6 e 8 de Junho.
Apesar dos números, foi uma edição atribulada. Os Justice, um dos sete nomes estampados em letras grandes no cartaz, logo a seguir a Lana del Rey, Pulp e SZA, foram forçados a cancelar a sua actuação. A organização culpou factores externos pelo cancelamento, mas o Jornal de Notícias avança que o problema foi “a montagem inábil do Palco Vodafone, com risco de aluimento parcial por excesso de peso”. Ainda durante a tarde de sexta-feira, antes de o concerto ter sido oficialmente cancelado, a Time Out tinha ouvido a mesma história.
De acordo com a promotora do Primavera Sound Porto, o cancelamento de uma das actuações mais aguardadas desta edição não dá direito à devolução do valor pago pelos bilhetes. E os Justice não foram os únicos a falhar este ano. Ninguém subiu ao Palco Vodafone, na sexta-feira, e Ethel Cain, a penúltima cantora confirmada para o palco principal no sábado, também não veio ao Porto – no seu lugar tocou The Legendary Tigerman, um dos cancelados do dia anterior.
Mesmo com todos os problemas, houve bons concertos. As cabeças de cartaz SZA (quinta-feira), Lana del Rey (sexta-feira) e Pulp (que tocaram no palco secundário, no sábado) não defraudaram. E todas as noites foram fechadas com chave de ouro. Respectivamente, pelos American Football, banda fundamental do emo e do midwest norte-americano que revisitou o primeiro, homónimo e seminal álbum, na quinta; por Tirzah, brilhante cantora britânica de música real e desolada, a banda sonora para um mundo em escombros, na sexta; e a tempestiva e revolucionária da canção electrónica, Arca, no sábado. Para o ano há mais.
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