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Quinta do Mitra, em Campanhã, vai ser demolida devido à linha de alta velocidade

Depois de ter sido reabilitada, a Quinta do Mitra, junto à estação de Campanhã, terá de ser demolida devido à construção da linha de velocidade que ligará Porto a Vigo. Edifício encontra-se vazio.

Filipe Costa
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Filipe Costa
Estagiário
Edifício reabilitado terá de ser demolido devido à alta velocidade
GO Porto
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Devido à construção da linha de alta velocidade, a renovada Quinta do Mitra, situada a 300 metros do Terminal Intermodal de Campanhã, vai ter de ser demolida. A notícia foi avançada esta segunda-feira pela Câmara do Porto, que informa que a manutenção do edifício reabilitado há mais de um ano, fruto de um investimento de 1,2 milhões de euros, não será mais possível.

A razão, explica o município em declarações à agência Lusa, deve-se à construção da linha de alta velocidade que ligará Porto a Vigo (Espanha), prevista para 2032, e que terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença.

Segundo a agência noticiosa, a primeira fase da linha de alta velocidade em Portugal, entre Porto e Soure, deverá estar pronta em 2030, com a segunda, que liga Soure ao Carregado, a completar-se em 2032, assegurando a ligação a Lisboa através da Linha do Norte.

As estações de Campanhã, Santo Ovídio (Gaia), Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa também vão ser equipadas de modo a receber a alta velocidade, numa empreitada que irá custar entre sete e oito mil milhões de euros.

Em Dezembro de 2020, foi anunciado que a Quinta de Vila Meã, também conhecida como Quinta do Mitra, iria ser requalificada e transformada numa área pública, integrando o parque urbano que enquadra o Terminal Intermodal de Campanhã. Os trabalhos, terminados em Maio de 2023, incluiram "a revisão e reforço periférico da sua estrutura, a substituição integral dos pisos e vigamentos de telhado, tratamento e recuperação dos paramentos de pedra, novas caixilharias e acabamento do telhado, bem como o tratamento acústico, térmico e de ventilação de todo o edifício", como referiu na altura a Câmara do Porto.

A intervenção incluiu também o restauro da única sala encontrada no seu estado original, conservando a sua integridade geométrica e linguagem oitocentista.

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