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A RTP Play, que até agora funcionava apenas online, está desde quinta-feira disponível nas boxes de televisão. O serviço foi integrado pelas três operadoras de televisão, informou a estação pública.
O catálogo é vasto e vai de fenómenos recentes como Pôr do Sol a clássicos como Herman Enciclopédia, ou até a co-produções internacionais como Auga Seca, que aqui podem ser vistos na íntegra e de forma gratuita. O serviço de streaming abarca produções nacionais e estrangeiras, séries, filmes, documentários, informação, entretenimento, programas infantis, podcasts, o RTP Lab e o RTP Palco, onde se encontram todo o tipo de espectáculos gravados ao vivo.
A estação portuguesa anunciou a novidade num brevíssimo comunicado partilhado nas redes sociais: “A RTP Play já se encontra disponível na box dos operadores MEO, NOS e Vodafone Portugal. A partir de agora, uma maior oferta com novos conteúdos exclusivos para todos”. O novo modo de acesso é uma forma de chegar a uma audiência mais alargada, o que tem sido uma preocupação da equipa que gere o serviço.
“O grande problema da RTP Play, às vezes, é não sermos conhecidos”, dizia à Time Out, em Março deste ano, o director de Serviços Digitais e Multimédia da RTP, João Pedro Galveias. “A HBO, a Netflix, a Disney e a Amazon são grandes plataformas, plataformas tecnológicas, são centros de produção, têm investimentos inacreditáveis quer em tecnologia quer em conteúdos, mas o tipo de conteúdo que têm é de mínimo denominador comum para o mercado global. A nossa preocupação é distinta. É uma preocupação de serviço público, com conteúdos que sejam diferenciadores, de grande qualidade, e isso está lá.”
Sobre a ligação umbilical à grelha dos diferentes canais RTP, João Pedro Galveias acrescentava: “Estamos a aumentar muito as janelas de disponibilização de conteúdos. Neste momento temos conteúdos com mais de um ano de disponibilização na nossa plataforma, inclusive de fornecedores internacionais. A grande maioria das nossas séries antestreia na RTP Play. Não aparece depois, aparece antes. Por uma razão de programação, estamos a fazê-lo no próprio dia, mas podemos passar a fazê-lo de outra forma, consoante o desenrolar do produto”. “Tendencialmente, o que queremos ter aqui é conteúdos mais tempo, mais variados e com janelas que podem estar ligadas aos conteúdos de televisão, e em alguns casos estão, mas podem não estar”, observava.
Quanto à gratuitidade do serviço, numa altura em que uma das concorrentes privadas lançava um serviço de streaming e video on demand parcialmente pago – a OPTO, da Sic –, o responsável assegurava que assim iria continuar. “A RTP tem uma série de obrigações como serviço público. Rentabilizar é prestar um bom serviço.”
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