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Serralves acolhe a primeira exposição do músico Devendra Banhart em Portugal

“Devendra Banhart: Offering Cloud of Scattered Genitalia” inclui desenhos, aguarelas e poemas do autor de "Santa Maria da Feira". Inaugura a 21 de Novembro, na Galeria Contemporânea do museu do Porto.

Mariana Morais Pinheiro
Filipe Costa
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Mariana Morais Pinheiro
Escrito por:
Filipe Costa
Devendra Banhart
©DRDevendra Banhart
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Não é segredo a inclinação de Devendra Banhart por Portugal. Desde 2004, pico dos movimentos freak folk e new weird america, dos quais foi porta-voz (Joanna Newsom e o cúmplice Andy Cabic são outras figuras associadas à idiossincrática corrente cunhada pelo crítico David Keenan), que o americano-venezuelano partilha uma história de amor correspondida com o público português. Nesse ano, o músico encabeçava a primeira edição do Festival Para Gente Sentada, então sediado em Santa Maria da Feira (hoje decorre em Braga), num alinhamento de culto que incluía ainda a estreia de Sufjan Stevens em Portugal. A experiência foi inspiradora: uns meses depois, uma canção intitulada “Santa Maria da Feira” contemplava o alinhamento de Cripple Crow, o segundo (e mais aclamado) álbum de Banhart. 

Desde então, muitas foram as visitas prestadas pelo autor de Rejoicing in the Hands em terras-lusas (o último concerto na Invicta data de 2020, ano em que actuou para um Hard Club a rebentar pelas costuras). No próximo dia 21 de Novembro, Devendra Banhart inaugura a sua primeira exposição em Portugal. Chama-se “Offering Cloud of Scattered Genitalia”, está patente até dia 18 de Maio na Galeria Contemporânea do Museu de Serralves e inclui um acervo de desenhos, aguarelas e poemas desenvolvidos pelo artista ao longo do último quarto de século.

Do percurso visual do músico, que antes de se firmar nesse campo estudou no San Francisco Institute of Arts, destacam-se exposições em galerias prestigiadas como o MoMA (Nova Iorque), a Fondazione Nicola del Roscio (Roma) e o Palácio de Belas Artes de Bruxelas. Em 2015, publicou uma monografia de desenhos e pinturas, de título “I Left My Noodle on Ramen Street”, com ensaios de Jeffrey Deitch e Beck. Além disso, assina a melhor parte das capas dos seus álbuns. A de "What We Will Be", de 2010, foi nomeada para um Grammy.

“Devendra Banhart: Offering Cloud of Scattered Genitalia” integra o programa "Projectos Contemporâneos", um ciclo de exposições que visa “promover a produção artística dos nossos dias”. A exposição é organizada pela Fundação Serralves – Museu de Arte Contemporânea e tem curadoria de Philippe Vergne, director do Museu.

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