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Manoel de Oliveira notabilizou-se pelo trabalho desenvolvido no cinema, mas nem só de imagem em movimento se fez o seu percurso. Pelo contrário, ao longo de várias décadas recorreu à fotografia como “instrumento de pesquisa formal e de experimentação” para a “construção de uma linguagem visual própria” nos seus filmes, descreve a Fundação de Serralves, em comunicado de imprensa, a propósito de Manoel de Oliveira Fotógrafo.
A exposição abre portas esta sexta-feira, 23 de Outubro, na Casa do Cinema Manoel de Oliveira, para dar a conhecer a abordagem do cineasta à imagem estática e contextualizar a importância desta expressão artística na evolução do seu registo cinematográfico. Serão mostradas mais de 100 fotografias, na sua maioria inéditas, capturadas entre as décadas de 1930 e 1950.
As imagens, que estiveram guardadas durante vários anos, “são uma das grandes surpresas encontradas no arquivo pessoal do realizador”, afirma Serralves, instituição onde está depositado todo o seu acervo. De facto, estas fotografias oferecem uma nova leitura sobre a obra de Manoel de Oliveira no cinema, uma vez que se situam “entre a exploração dos valores clássicos da composição e o espírito modernista que animou toda a primeira fase da sua produção cinematográfica” e ajudam a compreender o período de dez anos em que assumiu a direcção de fotografia dos seus próprios filmes.
Manoel de Oliveira Fotógrafo tem curadoria de António Preto, director da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, e pode ser visitada até 18 de Abril. A exposição será acompanhada de um catálogo, um ciclo de cinema e um programa de conferências. Os bilhetes custam 12€.