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Várias artes coabitam em Silvestre Pestana, artista plástico, poeta e performer que nasceu na Madeira em 1949 e se transformou numa das figuras de proa da arte contemporânea nacional. Revelou capacidades em várias disciplinas, como fotografia, colagem, desenho e instalação.
Nesta mostra, no Fórum da Maia até 16 de Junho, que integra obras da Colecção de Serralves e do próprio Pestana, os anos 60 – época em que abordava a poesia “como discurso visual e um meio de resistência antifascista” – não foram esquecidos, segundo a fundação portuense.
O mesmo acontece com os trabalhos produzidos entre 1969 e 1974, período em que esteve exilado em Estocolmo, onde desenvolveu “performances e intervenções no espaço público”, e contactou com “movimentos ambientais e ecológicos, a Land Art e o experimentalismo sonoro, visual e performativo”.
Nesta exposição é possível ver ainda o trabalho do artista depois do regresso a Portugal, após a queda do Estado Novo, altura em que consagrou “o seu papel pioneiro, a nível nacional, nas áreas do vídeo e da performance”. Foi também nesse período que criou um novo sistema de linguagem e animação do corpo com néones e introduziu as “novas tecnologias na sua prática artística, através de uma leitura crítica de como estas passaram a mediar os nossos corpos na vida contemporânea e de como se tornaram instrumentos políticos e de controlo social”. A entrada é livre.
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