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Siza Vieira e António Pardal são os arquitectos envolvidos no projecto de recuperação do Mosteiro de Leça do Balio e a sua envolvente. A notícia foi avançada esta quarta-feira, numa conferência de imprensa que teve lugar em Matosinhos, e onde o grupo Lionesa anunciou um investimento inicial de 10 milhões de euros. A recuperação do mosteiro pretende abrir à comunidade instalações fechadas à população “desde o século XII”, de acordo com o curador Joel Cleto.
O projecto, que já deu origem à exposição Monasterium KM234 – que poderá ser visitada gratuitamente e de forma guiada a partir de amanhã até ao final do ano –, inclui a construção daquilo que Siza Viera apelidou de “templo” e que será edificado alinhado com o mosteiro. A obra, uma estrutura de 400 metros quadrados de várias alturas, feita de betão pintado de branco, inspira-se no Mosteiro de Leça do Balio e nos Caminhos de Santiago e deverá estar finalizada em 2020.
Em simultâneo à obra de Siza Vieira, nascerá no espaço anexo o projecto paisagístico dos jardins do mosteiro, a cargo de Sidónio Pardal. O arquitecto explicou que “vai ter 14 estâncias que poderão ser utilizadas para pausas de vigília, espera, contemplação, explorando todos os seus caminhos". Pardal não confirmou datas para a conclusão da obra, mas afirmou esperar que o espaço já tenha uma “maturidade interessante”, dentro de três ou quatro anos”.
A exposição Monasterium KM234 deve o nome à distância entre o mosteiro e Santiago de Compostela e explica a “História e as histórias que ao longo dos anos fizeram os Caminhos de Santiago”. Esta é a marca que o grupo Lionesa, segundo o seu administrador, Pedro Pinto, quer ver implantada no investimento.
Pedro Pinto explicou ainda na conferência de imprensa que a dimensão do projecto pode ultrapassar a inicialmente prevista e admitiu a "aquisição de livros e de documentos", a fim de valorizar e vincar a aposta da integração do mosteiro nas rotas turísticas.