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Numa altura em que museus e galerias se encontram encerrados sem data prevista de abertura, e os artistas se vêem privados de mostrar e vender as suas obras em mercados e feiras de arte, é urgente encontrar medidas para amortizar os efeitos da pandemia no sector, que já encontra dificuldades para se auto-sustentar. No início do mês, foi lançado o SOS ARTE PT, um movimento online que promove a “resistência dos artistas e outros profissionais de arte portuguesa aos danos provocados pela pandemia Covid-19”.
O SOS ARTE PT conta com o apoio de mais de 400 profissionais das artes, como artistas, curadores, produtores, professores ou gestores culturais que, inclusive, já assinaram uma carta a pedir uma reunião urgente online com a Ministra da Cultura, Graça Fonseca.
A ideia é apresentar o conjunto de propostas que têm vindo a delinear nas últimas semanas, como a criação de um fundo de emergência “destinado a apoiar os artistas e outros profissionais de arte mais duramente atingidos pelos efeitos económicos, profissionais e sociais da pandemia”; o reajustamento do Plano Nacional das Artes (PNA) para que a arte seja mais acessível ao público e permita, assim, contornar o impacto negativo no sector e na sociedade; o lançamento da “Bolsa de Ateliês 3.6.9”, plataforma para procura e oferta de ateliês ou estúdios a custo zero, onde os artistas podem criar por três, seis ou nove meses; a realização de 100 dias de quarentena, uma exposição online “resultante da aquisição de 100 obras de arte a 100 artistas portugueses ou residentes em Portugal”, entre outros.
Tendo em vista os “desafios duros e prolongados” que se avizinham, o SOS ARTE PT tenciona, posteriormente, tornar-se numa associação cultural. Para já, reúne esforços e divulga a sua acção online no sentido de amplificar a sua rede de contactos e, assim, ter uma intervenção mais eficaz junto de quem necessita. Pode conhecer melhor o movimento no site ou no Facebook.
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