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A notícia não aterrou bem nos Paços do Concelho. A TAP, segundo avançou o Jornal de Notícias, vai cortar sete rotas aéreas e 705 mil lugares a partir do Porto. As rotas para Amesterdão, Bruxelas, Barcelona, Madrid, Milão, Munique e para o aeroporto London City desaparecem e haverá menos lugares nas ligações a Genebra, Londres Gatwick, Luxemburgo, Nova Iorque e Zurique.
Crescem apenas lugares em voos para Lisboa, Funchal e Paris. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, já mostrou descontentamento com a decisão — “péssima para a região”— e acusou o Governo de querer transformar a TAP numa “companhia regional” e de “abandonar mais uma vez” o aeroporto Francisco Sá Carneiro.
“Há aqui um efeito de dupla indução, por um lado a TAP não vem ao Porto, por outro lado está a subsidiar o transporte ao aeroporto de Lisboa, como é evidente, e estamos, portanto, a reduzir a competitividade do nosso aeroporto e a limitar também as companhias aéreas que gostariam de vir ao Porto e que poderiam vir, não fosse essa concorrência desleal”, sinalizou.
Tudo isto acontece enquanto outras companhias retomam rotas pré-pandemia no aeroporto Francisco Sá Carneiro e estreiam outras. É o caso da norueguesa Flyr que, a partir de 1 de Julho, passará a estabelecer ligação, duas vezes por semana, entre o Porto e Oslo; e da easyJet, que no final de Março voltou a estabelecer ligação entre Porto e Ibiza, reactivou os voos com destino a Palma de Maiorca, e tem prevista, para dia 1 de Maio, a estreia de uma nova rota entre o Porto e Porto Santo. Esta deverá acontecer com uma frequência de duas vezes por semana e manter-se-á operacional até dia 25 de Outubro.
Em Fevereiro, a companhia aérea britânica havia já anunciado investimentos, como o aumento da frota em mais dois aviões (serão seis na totalidade estacionados no aeroporto) e a criação de três novas rotas a partir do Porto — além de Porto Santo, Madrid (com cinco frequências semanais) e Colónia (duas vezes por semana) serão os novos destinos. Haverá ainda um aumento na capacidade das rotas já existentes, bem como do número de postos de trabalho.
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