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2025 está mesmo aí à porta e o Teatro Municipal do Porto (TMP) já tem muito para entregar. A programação da 10.ª temporada continua entre Janeiro e Junho do próximo ano e traz na manga 25 espectáculos – dos quais seis são estreias absolutas e dez estreias nacionais – para todas as idades e gostos. Conta ainda com oficinas, workshops, conversas e quatro dias de entrada gratuita no Rivoli, para assinalar os 93 anos de vida deste teatro.
“Nos próximos meses, o TMP vai transformar-se num skatepark, num tribunal para um julgamento de bruxaria, num snack bar sul-coreano, nas ruas de Buenos Aires e por aí fora. É nesta abundância de possibilidades que vemos um reflexo da própria vida. Desejamos o familiar, mas também ansiamos pela novidade”, explica o director artístico Drew Klein, citado em nota de imprensa.
Com o 93.º aniversário do Rivoli, que se assinala em Janeiro, há quatro dias em que o teatro vai estar de portas abertas à comunidade, bastando apenas levantar o bilhete nos dias das sessões, a partir das 10.00, nas bilheteiras do TMP ou online. E há muito para ver entre 23 e 26 de Janeiro. Madrigals, de Benjamin Abel Meirhaeghe’s, apresenta-se em estreia nacional; Casio Tone Reprise retrata os reflexos da vida moderna por Silvia Real e Sérgio Pelágio; e o espectáculo duracional de 12 horas, The Complete National Anthems of the World, de Carlos Azeredo Mesquita, onde se ouvem gravações a capella dos hinos nacionais.
Fevereiro
Na lista das estreias nacionais destacam-se La Luz de un Lago, uma peça sobre amor, trabalho e violência num mundo que colapsa visualmente entre miragens e alucinações. O espectáculo da companhia catalã El Conde de Torrefiel será apresentado nos dias 7 e 8 de Fevereiro, no Rivoli. Mais tarde, a 14 e 15 de Fevereiro, está agendada no Campo Alegre a estreia de O Fim foi Visto, de Teresa Coutinho, um espectáculo sobre o medo, a passividade e a repetição cíclica de mecanismos de opressão, com o intuito de fazer pensar sobre o crescimento da extrema-direita na Europa. Para os mais novos, no dia 14 de Fevereiro, Joana Estrela & Nicolau apresentam, no Rivoli, Dois Ratos, uma história de amizade entre o rato da cidade e o rato do campo.
Março
Outra estreia nacional é Skatepark, de Mette Ingvartsen, numa co-apresentação com a Culturgest, a 28 de Fevereiro e 1 de Março no TMP. Juntamente com um grupo de skaters e intérpretes locais, a coreógrafa explora a velocidade e energia do movimento sobre rodas e “marca a emergência de uma comunidade definida pela persistência e pelo trabalho árduo no âmbito da prática contínua”.
Já steal you for a moment, de Meg Stuart e Francisco Camacho, chega ao Rivoli em estreia nacional, de 6 a 8 de Março. A coreógrafa norte-americana e o coreógrafo português juntam-se para um dueto em palco, inspirados pelas ruínas nurágicas da Sardenha.
A 21 e 22 de Março, no Teatro do Campo Alegre, estreia a peça Arus Femia, da encenadora angolana Zia Soares, inspirada nas mulheres guineenses. Ainda no mesmo fim-de-semana, a 22 de Março, o Campo Alegre recebe Os Lobos de Pedra, de Sandra Neves/Trupe Fandanga, que retrata a viagem de um rapaz aos labirintos do seu coração onde habitam lobos escuros e luminosos. O mês termina com o regresso de Lucinda Childs ao Rivoli, nos dias 28 e 29 de Março, na estreia nacional de Four New Works, o primeiro trabalho da bailarina e coreógrafa de 84 anos em quase uma década.
Abril
Chegamos a Abril e, pela primeira vez enquanto encenador, Marco Mendonça vai explorar os limites do que pode ou não ser apresentado num palco, com Black Face, “um solo, uma conferência musical, entre o stand up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental”, que parte da experiência pessoal e da história do blackface como prática teatral racista. Nos dias 10 e 11 de Abril, será a encenadora argentina Lola Arias a apresentar no TMP Los Dias Afuera, uma peça de teatro documental musical que narra a vida de seis pessoas depois de terem saído da prisão.
Maio
Para as famílias, Gabriella Lacono e Gregory Grosjean traçam uma história da dança a partir de coreografias icónicas, que recriam utilizando apenas as mãos. Du bout des doigts (na ponta dos dedos) acontece a 5 de Abril. No final do mês, a 31 de Maio, no Rivoli, estreia Outra vez miau!, do Teatro de Ferro.
Junho
Nos dias 6 e 7 de Junho, Anne Teresa De Keersmaeker regressa ao Rivoli com Exit Above - after the tempest. Esta peça é um dos destaques da temporada do TMP, com a coreógrafa belga a explorar a relação entre a música pop e a dança. Já a 13 e 14 de Junho, António Parra, estreia no Rivoli O Mundo Mágico do Tudo Bem, onde uma trupe de circo cansada da sua missão decide trancar as portas durante um espectáculo e tornar o seu público refém.
Um ciclo e várias masterclasses
Além de toda a programação, o Campo Alegre recebe ainda, logo em Janeiro, o programa "Make Trouble", nos dias 17 e 18, que apresenta a estreia nacional de Musa Insistente, de Leandro Souza, e a estreia de As Secretárias/The Five Lesbian Brothers, por Maria Inês Marques. Mais tarde, a 13 e 14 de Março, também no âmbito deste programa, o destaque vai para a estreia nacional de Haribo Kimchi, de Jaha Koo, que se centra num pojangmacha, um dos típicos carrinhos de venda de comida de rua na Coreia do Sul, e FLOWERS!, de Mafalda Banquart/ Silent Party.
Os encontros entre os coreógrafos e o público, antes e depois dos espectáculos, vão continuar a acontecer no próximo ano. Entre Janeiro e Junho, há masterclasses, workshops, conversas e conferências com Lucinda Child, Gael Dormenger, Teresa Coutinho e Francisco Camacho. A participação é gratuita mediante a apresentação do bilhete do respectivo espectáculo e as inscrições são feitas através do e-mail bilheteira.tmp@agoraporto.pt. A programação completa pode ser consultada no site do Teatro Municipal do Porto.
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