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'Tenho Um Papel Para Ti'. O espectáculo onde os actores não sabem o papel. De propósito

Nesta comédia, os actores só sabem o guião e a história no momento em que sobem ao palco. O espectáculo ocupa o Teatro Sá da Bandeira a 7 de Dezembro.

Ana Catarina Peixoto
Jornalista, Porto
O espectáculo "Tenho Um Papel Para Ti" muda sempre de história e de elenco
DRO espectáculo "Tenho Um Papel Para Ti" muda sempre de história e de elenco
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Um espectáculo onde os actores conhecem o guião, a história e a personagem que vão interpretar apenas no momento em que sobem ao palco – em frente ao público. Consegue imaginar? A comédia inovadora e irreverente Tenho Um Papel Para Ti está de volta ao Teatro Sá da Bandeirano dia 7 de Dezembro, às 16.30, para desafiar os actores a representarem papéis insólitos e inesperados e a colocarem em prática o seu talento. 

O espectáculo regressa pela terceira vez a este teatro emblemático do Porto e traz o mesmo conceito, sempre com histórias diferentes: os actores são chamados ao palco e é apenas nesse momento que têm acesso ao texto que vão representarsendo que o público sabe, ainda antes de tudo, o que o se vai passar. “Os actores vão estar a ler o guião e a representar ao mesmo tempo, como se fosse o primeiro ensaio da leitura de um guião”, explica à Time Out Roberto Pereira, o argumentista desta peça que estreou há três anos precisamente no Sá da Bandeira.

Com um texto e elencos diferentes em cada espectáculo, cada peça é única e um desafio para os actores, uma vez que não fazem ideia do que vão fazer. No dia 7 de Dezembro sobem ao palco os actores Ana Guiomar, Diogo Valsassina, Fernando Mendes, Beatriz Barosa e Manuel Marques. O facto de ser um espectáculo que não envolve ensaios é também, para Roberto Pereira, uma vantagem na hora de escolher e abordar o elenco que quer desafiar, uma vez que não exige muito espaço na agenda dos artistas. 

Uma peça que "nasce e morre" no palco

Desafiar alguém para subir ao palco e representar um papel que só vai ter conhecimento naquele momento, em frente a várias pessoas, é, por si só, um desafio que pode assustar muitos. A reacção dos actores, explica o argumentista, tem sido positiva, ainda que todos eles comecem com algum receio por se estarem a expor a algo desconhecido. "É uma prova de confiança brutal que os actores têm comigo. Eles acreditam e confiam naquilo que eu vou escrever e eu nunca, de forma nenhuma, os ponho numa zona de desconforto. Há aqui uma confiança", descreve. 

Depois de pisarem o palco, Roberto Pereira assegura que a diversão é garantida. "O público não está à espera do melhor deles, mas sim de se divertir com eles. Há aqui uma coisa quase promíscua: ao mesmo tempo que as pessoas lhes dão uma força gigante para que corra bem, querem também que eles se enganem, que se atrapalhem. É uma experiência que se passa ali, neste caso no Teatro Sá da Bandeira, e fica ali. Nasceu ali, morreu ali. E durante aquela hora e meia é uma coisa nossa, entre o público e os actores”, sublinha.

Os bilhetes para esta comédia no Teatro Sá da Bandeira podem ser comprados online e a garantia é de um espectáculo único: "Não tenho dúvidas de que se no dia a seguir dissesse que vai haver outro espectáculo, com as mesmas pessoas, mas um texto diferente, as mesmas pessoas que já viram o espectáculo iam comprar bilhete para o dia seguinte. Eles gostam mesmo, divertem-se mesmo com isso. Divertimo-nos todos".

Rua de Sá da Bandeira, 108 (Porto). 7 Dez, Sáb, 16.30. 19€-20€

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