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No final da reunião de executivo desta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal de Gaia revelou que o troço do TGV que ligará o Porto a Soure (Coimbra) contará com financiamento da "bazuca" europeia de 900 milhões de euros – valor que não inclui a nova ponte ferroviária sobre o rio Douro nem a despesa relativa à aquisição do material circulante. O objectivo é que as obras "arranquem com toda a urgência", prevendo que estejam concluídas em 2026, que é o prazo para a renovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Ao contrário do projecto de 2009, que previa que os gaienses tivessem de se deslocar a Campanhã ou a Aveiro para apanhar o comboio de alta velocidade, o novo projecto inclui uma estação intermodal em Santo Ovídio. A justificação de uma estação em Vila Nova de Gaia prende-se com o elevado número de passageiros no concelho e com a velocidade do TGV, que entre Campanhã e Gaia não poderá ser muito elevada, uma vez que a travessia será feita através de uma ponte "espelho" junto à Ponte de São João. Do lado gaiense, "o traçado desde a ponte até Serzedo será todo subterrâneo", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, citado pelo JN.
A ligação de Soure (Coimbra) até Lisboa será a segunda etapa, mas, neste momento, "não há dotação financeira do PRR". Referiu ainda a ambição de ligar o Porto à Galiza, num projecto que deverá envolver a região Norte.
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