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A ideia nasceu há cerca de um ano, depois de uma formação sobre o mercado e as tendências da moda. Entre as várias conclusões, houve uma que se destacou: a moda para homem está a mudar e começa a ser vista com outros olhos – que vão além da simples necessidade funcional das roupas. Foi a pensar nesta premissa que o grupo André Costa, dedicado à distribuição e curadoria de marcas de vestuário e acessórios premium, decidiu iniciar mais um capítulo na sua história e entrar no mundo da moda masculina, com a abertura da primeira loja The BeCode Street, na Foz do Douro.
"Percebemos que, de facto, o mercado da moda masculina estava a mudar e a crescer. E queríamos oferecer algo novo”, explica à Time Out André Costa, fundador do grupo retalhista que existe desde 1996 e que até agora estava apenas focado na moda feminina. A moda para homem, acrescenta, começa a ser vista com mais consciência e como uma forma de expressão pessoal. E é preciso acompanhar essa mudança.
Na BeCode Street, o mote é fazer diferente ("We don't do normal"). O novo projecto quer incentivar os clientes a desafiarem as normas mais tradicionais da moda e a explorarem a sua singularidade através da roupa que vestem – sem padrões, normas ou julgamentos.
A primeira loja multimarca BeCode Street foi inaugurada no final de Fevereiro, na Foz, e direciona-se a um público com um estilo mais urbano e informal. Neste espaço, encontram-se um conjunto de várias marcas – desde nomes mais reconhecidos, como a North Face, a Scotch&Soda, a American Vintage e a Edmmond Studios, a marcas que estão em crescimento, como é o exemplo da espanhola OAS, da Universal Works, da Homecore e da portuguesa +351.
Ousadia e conforto é também o que a BeCode Street quer transmitir a quem entra na loja. Saltam à vista as montras sem manequins, as cores como o azul, o preto e o prateado, o frigorífico com cervejas personalizadas com a marca e as peças de roupa cuidadosamente alinhadas e conjugadas, entre várias marcas, para oferecer uma visão diferente e até sugerir uma combinação de estilos.
“Toda a loja está pensada para que o cliente, além de um produto, encontre aqui uma fonte de inspiração, um local que lhe apeteça vir e estar. Queremos criar aqui uma grande diversidade. Não temos o cliente super fashion ou o cliente mais formal, queremos que todos sejam bem-vindos”, explica Mariana Pais, directora de retalho, acrescentando que todo o atendimento é feito de uma forma personalizada e com pessoas experientes no mundo da moda – “Para que a pessoa sinta que tem um look BeCode Street, mais do que um look de uma só marca”.
"O nosso objectivo é provocar um pouco e ousar a que o cliente encontre aqui uma identidade única e que saia um pouco da zona de conforto. Penso que as pessoas começam a ter mais abertura e nós estamos a pôr toda a credibilidade que já temos de estética e de qualidade e, para além das marcas convencionais, ousamos trazer outras marcas", acrescenta ainda a responsável.
A média geral dos preços na nova loja BeCode Street ronda os 130€, sendo que as t-shirts são a peça mais acessível, à volta de 50€; as camisas custam cerca de 100€, as calças 180€ e as sapatilhas podem custar à volta de 250€.
Para o futuro, e tendo em conta o feedback já recebido, o próximo passo poderá ser a abertura de uma loja em Lisboa. Há ainda a vontade, e o plano, de todos os meses se organizarem eventos de novos lançamentos na loja da BeCode Street.
Rua da Sra. da Luz, 128 (Porto). Seg-Sáb, 10.30-19.30