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No seu ano de estreia, o Porto alcança o segundo lugar no ranking Time Out City Life Index. Um ranking liderado pela segunda vez consecutiva por Chicago. Logo abaixo da Invicta estão Nova Iorque, Melbourne e Londres. Lisboa ficou na oitava posição.
O City Life Index é um questionário ao qual responderam 15.000 residentes de 32 cidades do planeta onde a Time Out está presente, incluindo dez europeias, e que avalia o que de positivo ou negativo nelas se encontra ao nível de comida e bebida, cultura, relacionamentos, comunidade, saídas, vizinhança, felicidade, acessibilidade de preços e sociabilidade.
A julgar pelos resultados da consulta realizada entre Dezembro de 2017 e Janeiro de 2018, o Porto é a cidade mais calorosa e onde mais se gosta de habitar (95%). É também a melhor cidade do mundo para fazer amigos (81% dizem que o fazem com muita ou razoável facilidade) e para se apaixonar (fácil para 46%). Em nenhum outro local sondado se detectou tanto orgulho de ali viver, se sente tanta liberdade em cada um poder ser como é (95% sempre ou habitualmente) e em manter-se em contacto com a família.
O Porto mudou muito, os salários são baixos mas poucos querem ir embora
Entre as dez cidades europeias que participaram no questionário City Life Index o Porto é, de longe, aquela cujos habitantes consideram ter sofrido mais e melhores mudanças. De tal forma que poucos são os que se imaginam a viver noutra urbe a curto e médio prazo.
“Para alguém como você, quanto mudou a sua cidade desde que lá vive?” era uma das questões no City Life Index. Uma questão a que 49% dos portuenses respondeu que “mudou muito, para melhor”, e 14% que “mudou um pouco, para melhor”. São números que batem todas as outras urbes sondadas neste continente: Paris, Berlim, Lisboa, Madrid, Barcelona, Zurique, Londres, Edimburgo e Manchester.
A dianteira da Invicta mantém-se quando se quer saber se o/a sondado/a espera viver na mesma cidade daqui a cinco anos: 72% para o Porto, 70% para Berlim, 67% para Lisboa.
Mas também há resultados negativos, embora expectáveis. Os portuenses declararam auferir uma média de 13.676,30€ anuais, claramente no fundo da tabela europeia, apenas com Lisboa (16.583,14€) nas imediações. No outro extremo encontra-se Zurique, com 97.250€.
Sinal dos tempos, o excesso de turistas está na frente do rol de questões que mais preocupam quem vive no Porto, com 20%, à frente da falta de habitação (19%), dos sem-abrigo (13%), do trânsito (12%) e da gentrificação (11%).
O Porto tem ainda a dianteira em parâmetros que indiciam uma cidade com poucas pausas e elevada mobilidade. É, entre as questionadas, aquela que se deita mais tarde (28% afirmam ir para a cama depois das 03.00 de segunda a sexta) e onde os seus habitantes demoram menos tempo a chegar ao trabalho (média inferior a 22 minutos; em Londres demora-se 39 minutos).
Contas feitas, o auto-retrato produzido pelo City Life Index mostra uma Invicta feliz e orgulhosa de si própria. Quando se quer saber qual é a melhor característica da sua cidade, os portuenses destacam-se largamente da concorrência ao optar pelas respostas “Não existe nada igual neste mundo” (24%) e “As pessoas são boas umas para as outras” (12%).