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Os preços impraticáveis da habitação
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, o preço das rendas aumentou 9,3% no final de 2024. Estes referem-se aos novos contratos de arrendamento (foram contabilizados 24.445 no final do ano passado). A Grande Lisboa, o Algarve e a Área Metropolitana do Porto foram as regiões onde o preço aumentou mais. O fenómeno, contudo, não atingiu apenas o mercado de arrendamento. Um estudo publicado pela Causa Pública, na mesma altura, anunciou que os preços de compra de habitação “mais do que duplicaram em Lisboa, Porto e Algarve”, atirando Portugal para “uma das maiores crises habitacionais da Europa”. No relatório é possível ler ainda que “embora o aumento dos preços da habitação seja um fenómeno global, o caso português tem sido particularmente intenso, com um aumento de 121% entre 2013 e 2023, superando a inflação (81%) no mesmo período”.

O fecho das lojas históricas
A história é mais ou menos sempre a mesma. Uma loja de comércio tradicional, acarinhada pelos portuenses, vai ter de fechar as portas, depois de várias décadas ao serviço da cidade. Porquê? Porque o imóvel onde estava localizada foi vendido a uma entidade, por vezes estrangeira, que tem para o edifício outros planos que não incluem a preservação destes negócios, muitos deles sob a alçada do programa Porto de Tradição, da Câmara Municipal do Porto. Esta é a história, por exemplo, d’A Cafezeira, mercearia dedicada à venda a granel de todo o tipo de café, chá e especiarias, com 95 anos e localizada na rua de Costa Cabral, que procura actualmente uma nova morada; mas também da Ourivesaria Âncora, que saiu do espaço onde estava há mais de 100 anos, na rua 31 de Janeiro. Já o Armazém dos Linhos – depois de 120 anos na rua de Passos Manuel – vai sobrevivendo através de uma loja pop-up localizada nos números 103/105 da Praça D.Filipa de Lencastre. O senhorio vendeu o prédio e outros na mesma rua a um grupo francês. Mais feliz, no entanto, foi o desfecho da Casa dos Linhos, que tem agora uma nova morada. A loja especializada em retrosaria e bordados artesanais reabriu na rua do Bolhão, depois de 165 anos em funcionamento.

A demora nas obras do metro
Sabemos bem que “quem espera sempre alcança” e isso será uma realidade em breve para ser tomada à letra, já que o metro do Porto chegará a mais zonas da cidade. Mas a verdade é que toda a gente parece já estar saturada das obras que impedem o natural fluxo de pessoas e carros pela Invicta. É que a previsão inicial para a conclusão da linha rosa, que ligará São Bento à Casa da Música, era Dezembro de 2023, mas ainda faltam uns quantos meses para que a luz seja vista ao fundo do túnel. O prazo foi, entretanto, estendido pela Metro do Porto para Julho deste ano, mas Rui Moreira não parece acreditar em todo este optimismo e durante uma sessão da Assembleia Municipal, citado pela Agência Lusa, disse o seguinte: “Não acreditem no que dizem. É impossível que as obras estejam prontas em Julho. Assumo o que estou a dizer”.
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